Honra ofendida

Filho de Lula pede na Justiça esclarecimentos de jornalistas do Estadão

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3 de outubro de 2015, 14h58

O empresário Luís Cláudio Lula da Silva, filho do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, está interpelando na Justiça os jornalistas Andreza Matais e Fábio Fabrini, correspondentes do jornal O Estado de S. Paulo em Brasília. Ele afirma que teve a honra ofendida por ter sido acusado de receber repasses de empresa que, segundo reportagem, comprou a Medida Provisória 471, editada em 2009, durante o governo do seu pai. A ação foi protocolada sexta-feira (2/10) na 8ª Vara Criminal de Brasília.

A petição inicial, assinada pelo advogado Cristiano Zanin Martins, do Teixeira, Martins Advogados, pede que os jornalistas sejam chamados a comparecer em juízo para prestar explicações sobre as acusações. Segundo o advogado, após o procedimento será possível avaliar eventual queixa-crime e ação de indenização por danos morais.

De acordo com a reportagem, publicada na última quinta-feira (1o/10) , empresas do setor automobilístico "compraram" a MP para que incentivos fiscais fossem prorrogados. E um dos escritórios que teria atuado para viabilizar a medida é acusado de fazer repasses de R$ 2,4 milhões para a empresa de Luís Cláudio, que é do ramo esportivo e foi aberta em 2011.

A defesa afirma que Luís Cláudio não tem atuação profissional na esfera do Poder Público. E que a acusação “em nada se relaciona ao restante do texto”, buscando, “de forma gratuita”, relacionar o nome do filho do ex-presidente a suposta prática de lobby “e a condutas que podem, em tese, configurar ilícito penal".  Segundo a petição, o empresário prestou serviços à empresa citada nos anos de 2014 e 2015, mas por meio de outra empresa da qual é sócio.

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