Fim da vida

Juiz autoriza médicos a desligar aparelhos de idosa com esclerose múltipla

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20 de novembro de 2015, 10h35

Um juiz na Inglaterra atendeu o pedido da filha de uma mulher doente para que os médicos desliguem os aparelhos que a mantêm viva. A doente, hoje com 68 anos, foi diagnosticada com esclerose múltipla há mais de 20 anos e vive presa a uma cama em estado de semiconsciência. Os médicos foram autorizados a desligar a alimentação e hidratação por sonda, para que a idosa morra aos poucos.

A decisão foi considerada inédita pela imprensa britânica. Segundos os jornais, é a primeira vez que a Justiça autoriza que médicos desliguem aparelhos de uma pessoa minimamente consciente, mas que não consegue expressar sua vontade.

Para convencer o juiz, a filha da idosa explicou que, se pudesse escolher, a mãe preferiria morrer do que continuar vivendo de maneira que ela não consideraria digna. Nenhum dos médicos consultados se opôs ao fim do tratamento da mulher.

O julgamento, no entanto, nada tem a ver com suicídio assistido, que continua proibido no Reino Unido. No suicídio assistido, profissionais de saúde precisariam aplicar uma injeção letal para ajudar o doente a morrer, por exemplo.

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