Política de Ordem

Uso político de paralisação é um desserviço, diz Marcos da Costa

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19 de novembro de 2015, 20h23

Em sua primeira coletiva oficial como presidente reeleito, Marcos da Costa falou do problema enfrentado pela seccional paulista da Ordem dos Advogados do Brasil e pela Caixa de Assistência dos Advogados de São Paulo (Caasp) com a Unimed Paulistana, que teve sua carteira alienada em setembro pela Agência Nacional de Saúde devido ao alto número de dívidas que possui.

Segundo ele, a negociação com o plano de saúde foi complicada, principalmente em relação aos preços. Porém, o mandatário afirmou que "é natural" ocorrerem problemas antes das eleições.

O presidente explicou que, com a mudança de plano, a OAB-SP teve de encontrar uma empresa que pudesse oferecer um preço similar, mas que atendesse bem em todas as localidades do estado. Para Marcos da Costa, o outro problema enfrentado foi o aumento dos valores cobrados. "Com a quebra da Unimed Paulistana, as operadoras de saúde triplicaram os valores. Aproveitaram o momento."

Por causa disso, a OAB-SP e a Caasp tiveram que renegociar as condições de um novo contrato com outras operadoras de saúde. A maioria dos advogados e dos colaboradores da entidade foram transferidos para a Unimed Fesp.

Durante a negociação, essa transferência fez com que alguns trabalhadores da entidade ficassem sem atendimento médico, o que resultou em uma paralisação de cinco horas. O movimento reivindicatório ocorreu na última segunda-feira (16/11). O impasse foi resolvido depois que a OAB garantiu aos trabalhadores o atendimento e se comprometeu a reembolsá-los caso tivessem que arcar com os gastos hospitalares.

No dia da paralisação, alguns candidatos da oposição ligaram o ocorrido à omissão da OAB-SP junto à classe e aos seus trabalhadores.  Também enviaram e-mails aos advogados, que, segundo Marcos da Costa, informavam que não haveria eleições por causa da paralisação dos trabalhadores.

Dados eleitorais
O assunto principal da coletiva, o anúncio dos dados eleitorais, ficou por conta de José Nuzzi Neto, presidente da Comissão Eleitoral deste ano. Segundo ele, a comissão efetuou 81 impugnações. "A maior parte tratou de questões éticas de concorrentes que ocupavam cargos públicos", contou.

Nuzzi Neto também explicou que a eleição de Santana Parnaíba não ocorreu porque a subseção foi criada recentemente e que houve um problema na elaboração do cadastro, fazendo com os advogados votassem em Barueri.

O presidente da Comissão também apresentou os dados consolidados dos votos recebidos pelos candidatos a presidente da OAB-SP. Confira:

Candidato Total de votos % do total
Anis Kfouri 12.435 7,3%
João Biazzo 14.308 8,5%
Hermes Barbosa 12.638 7,4%
Sergei Cobra 24.553 14.5%
Ricardo Sayeg 26.627 15,5%
Marcos da Costa 61.379 36,3%
Brancos 8.300 4,9%
Nulos 12.000 7,3%

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