Em sua primeira coletiva oficial como presidente reeleito, Marcos da Costa falou do problema enfrentado pela seccional paulista da Ordem dos Advogados do Brasil e pela Caixa de Assistência dos Advogados de São Paulo (Caasp) com a Unimed Paulistana, que teve sua carteira alienada em setembro pela Agência Nacional de Saúde devido ao alto número de dívidas que possui.
Segundo ele, a negociação com o plano de saúde foi complicada, principalmente em relação aos preços. Porém, o mandatário afirmou que "é natural" ocorrerem problemas antes das eleições.
O presidente explicou que, com a mudança de plano, a OAB-SP teve de encontrar uma empresa que pudesse oferecer um preço similar, mas que atendesse bem em todas as localidades do estado. Para Marcos da Costa, o outro problema enfrentado foi o aumento dos valores cobrados. "Com a quebra da Unimed Paulistana, as operadoras de saúde triplicaram os valores. Aproveitaram o momento."
Por causa disso, a OAB-SP e a Caasp tiveram que renegociar as condições de um novo contrato com outras operadoras de saúde. A maioria dos advogados e dos colaboradores da entidade foram transferidos para a Unimed Fesp.
Durante a negociação, essa transferência fez com que alguns trabalhadores da entidade ficassem sem atendimento médico, o que resultou em uma paralisação de cinco horas. O movimento reivindicatório ocorreu na última segunda-feira (16/11). O impasse foi resolvido depois que a OAB garantiu aos trabalhadores o atendimento e se comprometeu a reembolsá-los caso tivessem que arcar com os gastos hospitalares.
No dia da paralisação, alguns candidatos da oposição ligaram o ocorrido à omissão da OAB-SP junto à classe e aos seus trabalhadores. Também enviaram e-mails aos advogados, que, segundo Marcos da Costa, informavam que não haveria eleições por causa da paralisação dos trabalhadores.
Dados eleitorais
O assunto principal da coletiva, o anúncio dos dados eleitorais, ficou por conta de José Nuzzi Neto, presidente da Comissão Eleitoral deste ano. Segundo ele, a comissão efetuou 81 impugnações. "A maior parte tratou de questões éticas de concorrentes que ocupavam cargos públicos", contou.
Nuzzi Neto também explicou que a eleição de Santana Parnaíba não ocorreu porque a subseção foi criada recentemente e que houve um problema na elaboração do cadastro, fazendo com os advogados votassem em Barueri.
O presidente da Comissão também apresentou os dados consolidados dos votos recebidos pelos candidatos a presidente da OAB-SP. Confira:
Candidato | Total de votos | % do total |
---|---|---|
Anis Kfouri | 12.435 | 7,3% |
João Biazzo | 14.308 | 8,5% |
Hermes Barbosa | 12.638 | 7,4% |
Sergei Cobra | 24.553 | 14.5% |
Ricardo Sayeg | 26.627 | 15,5% |
Marcos da Costa | 61.379 | 36,3% |
Brancos | 8.300 | 4,9% |
Nulos | 12.000 | 7,3% |