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Ataques do Estado Islâmico em Paris matam mais de 120 pessoas

14 de novembro de 2015, 12h56

Por Redação ConJur

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Uma série de ataques terroristas em Paris matou mais de 120 pessoas nesta sexta-feira (13/11). O Estado Islâmico assumiu a autoria dos ataques e afirmou que trata-se de uma resposta à campanha militar da França contra o grupo e aos insultos no país contra o profeta do Islã. 

Oito terroristas, todos com coletes de explosivos, atacaram sete locais, entre eles uma sala de espetáculos e o estádio nacional, onde ocorria um jogo de futebol entre as seleções de França e da Alemanha. Segundo a polícia, os oito terroristas foram mortos em operações de segurança.

A França decretou o estado de emergência e fechou as fronteiras para controlar a saída de entrada de pessoas. O presidente François Hollande, que estava no estádio no momento dos primeiros ataques, classificou os acontecimentos como “ataques terroristas sem precedentes no país”.

O ministério do Interior francês pediu, em comunicado aos parisienses, que se mantenham em casa, e divulgou um número de informações ao público.

Reivindicação dos atentados
Neste sábado (14/11) o grupo extremista Estado Islâmico (EI) reivindicou, em comunicado, os atentados terroristas e alertou que "esse ataque é só o começo da tempestade e um alerta para aqueles que quiserem meditar e tirar lições.”

Segundo o comunicado, a França e aqueles que seguem seu caminho continuarão sendo alvos do Estado Islâmico e continuarão a "sentir o odor da morte por ter colocado a cabeça na cruzada, ter ousado insultar nosso profeta, se vangloriar de combater o islamismo na França e atingir os muçulmanos na terra do califa com seus aviões". 

A França participa na coligação internacional que realiza ataques aéreos contra os jihadistas do Estado Islâmico no Iraque e na Síria. 

Charlie Hedbo
Em janeiro Paris já havia sido alvo de ataque terrorista devido ao extremismo religioso. No dia 7 de janeiro 12 pessoas, entre cartunistas e jornalistas, que trabalhavam para o jornal satírico francês Charlie Hebdo foram mortos. 

Como cabe a uma publicação de humor, Charlie Hebdo tratava com irreverência todos os temas que abordava, e de suas cáusticas sátiras não escaparam a intolerância e a violência de facções radicais islâmicas.

Desde 2006, quando publicou charges do profeta Maomé, originalmente produzidas pelo jornal dinamarquês Jyllands-Posten, o Charlie Hebdo vinha sendo alvo de ameaças de radicais islâmicos. Em sua última mensagem no Twitter a revista mostrava uma charge com a imagem de Al-Baghadi-Akr, o líder da facção radical Estado Islâmico desejando “os melhores votos, de fato” e acrescentando: “E sobretudo, saúde”.

A revista já havia sido vítima de um atentado a bomba em 2011, logo depois da edição que continha uma piada sobre a Sharia, a lei islâmica. “Vivíamos há oito anos sob ameaças, tínhamos proteção, mas não há nada que se possa fazer contra bárbaros que invadem com Kalashnikovs”, disse o advogado da revista, Richard Malka, após o atentado. “A revista apenas defendeu a liberdade de expressão, ou simplesmente a liberdade”. Com informações da Agência Brasil.