Resposta a políticos

Janot diz que "vozes do Parlamento" atiram-se contra o Ministério Público

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13 de março de 2015, 20h28

O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, afirmou nesta sexta-feira (13/2) que “causa espécie” constatar que “vozes do Parlamento (…) tenham-se atirado contra a instituição que começa a desvelar a trama urdida contra a sociedade” em contratos da Petrobras. A declaração foi dada durante encontro com chefes dos Ministérios Públicos estaduais e do Ministério Público da União, em Brasília.

Fellipe Sampaio/SCO/STF
Em encontro com chefes do MP, Janot discursou contra ataques de políticos.
Fellipe Sampaio/SCO/STF

A fala de Janot é uma resposta a membros do Congresso que criticaram os pedidos de inquérito enviados pela PGR ao Supremo Tribunal Federal. O presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), considerou a inclusão de seu nome “irresponsável e leviana”, enquanto o deputado Paulinho da Força (SD-SP) pediu que a CPI da Petrobras quebre o sigilo telefônico do procurador-geral e do ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo.

Para o chefe da PGR, os ataques surgiram depois que foi revelado “o maior esquema de corrupção” do Brasil, com a operação "lava jato". “Pelos esforços do Ministério Público, esse esquema foi exposto ao país e será também pela nossa atuação que os verdadeiros culpados irão responder judicialmente e sofrerão as penas cabíveis”.

Ele apontou que os primeiros frutos desse trabalho ocorrem com a repatriação de R$ 182 milhões que pertenciam a Pedro Barusco, ex-diretor da Petrobras, e estavam no exterior. O valor deverá ser transferido à 13ª Vara Federal de Curitiba e depois à estatal.

Janot disse que enfrenta desafios semelhantes aos que ocorrem com os representantes do MPF e do MP estadual. “Não por acaso citei o princípio da unidade. A força da capilaridade da atuação do Ministério Público depende de nós. Aqui, nesta sala, há um só Ministério Público, o brasileiro”, declarou em seu discurso.

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