Consultor Jurídico

Inquérito contra investigado na “lava jato” sai das mãos de Teori

11 de maio de 2015, 20h47

Por Redação ConJur

imprimir

Uma das 26 investigações abertas pelo Supremo Tribunal Federal ligadas à operação “lava jato” vai deixar o gabinete do ministro Teori Zavascki, relator de todos os casos que tramitam na corte. O inquérito cita o deputado federal Arthur Lira (PP-AL), que já é alvo de outra investigação sob a relatoria do ministro Marco Aurélio.

A transferência foi solicitada pela defesa de Lira, que apontou conexão entre os fatos apontados.

Fellipe Sampaio/SCO/STF
Marco Aurélio já é relator de outro inquérito envolvendo Arthur Lira.

O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, já havia sido favorável ao pedido, que acabou recebendo aval do presidente do STF, ministro Ricardo Lewandowski. “Compulsando os autos, verifico que este inquérito e o Inquérito 3.515, de relatoria do ministro Marco Aurélio, possuem conexão ao tocante dos fatos apurados”, concluiu Lewandowski.

Em andamento
A Polícia Federal indiciou nesta segunda-feira (11/5) 30 investigados acusados de participar de lavagem de dinheiro e fraudes em licitações. Na lista estão os ex-deputados federais André Vargas (sem partido-PR), Luiz Argôlo (SD-BA), Pedro Corrêa (PP-PE) e a filha dele, Aline Corrêa (PP-PE). Pedro Corrêa já foi condenado na Ação Penal 470, o processo do mensalão.

A investigação aponta a existência de um esquema de fraudes em contratos de publicidade do Ministério da Saúde e da Caixa Econômica Federal com a agência Borghi/Lowe. O ministério nega qualquer irregularidade nos contratos, e a Caixa disse já ter aberto investigação para apurar os fatos. Com informações da Assessoria de Imprensa do STF e da Agência Brasil.