Preso e torturado

Itália responde por ajudar agentes da CIA a sequestrar imã egípcio asilado em Milão

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22 de junho de 2015, 9h13

A Corte Europeia de Direitos Humanos começa a julgar nesta terça-feira (23/6) a responsabilidade da Itália pelo sequestro do imã egípcio Abu Omar. Ele vivia em Milão na condição de asilado quando foi capturado por agentes da CIA e enviado ao Egito, sem que sua família soubesse. Lá, foi preso e torturado por seis anos sob a acusação de terrorismo, sem nunca ter sido indiciado ou denunciado. Abu Omar acusa a Itália de participar no seu sequestro.

A Justiça italiana chegou a condenar agentes da CIA pela prisão de Omar, mas não pediu aos Estados Unidos a extradição dos condenados. Então a pena nunca foi cumprida. Também foi determinado que o governo italiano pagasse 1,5 milhão de euros (R$ 5,2 milhões) para Omar e sua mulher. Até hoje, os dois não receberam o dinheiro.

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