Vai ou fica?

Tribunal administrativo da Itália volta a suspender extradição de Pizzolato

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12 de junho de 2015, 16h42

O Conselho de Estado da Itália aceitou um recurso da defesa do ex-diretor de marketing do Banco do Brasil Henrique Pizzolato e voltou a suspender a extradição dele para o Brasil. A decisão foi tomada por volta das 19h de lá (14h em Brasília). As informações são do jornal Valor Econômico.

Pela segunda vez, uma instância administrativa impede o retorno do publicitário ao país por questões formais do procedimento de extradição. Sua volta ao Brasil já foi autorizada pela corte suprema do país e pelo Ministério da Justiça local.  

Pizzolato foi condenado na Ação Penal 470, o processo do mensalão, a 12 anos e sete meses de prisão pelos crimes de peculato, lavagem de dinheiro e corrupção passiva.

Na quinta-feira passada (4/6), o Tribunal Administrativo Regional do Lazio, na Itália, autorizou a extradição de Pizzolato. Os julgadores rejeitaram recurso protocolado pela defesa do ex-diretor contra decisão do governo italiano que deu sinal verde ao envio dele para o Brasil.

Os advogados dele alegam que os presídios brasileiros não têm condições de garantir a integridade física dos detentos, enquanto o governo federal garante ter unidades prisionais adequadas para manter Pizzolato preso, sem que seus direitos humanos sejam violados.

Ele deve cumprir pena no Complexo Penitenciário da Papuda, no Distrito Federal, onde estão presos outros condenados na AP 470. Antigamente responsável pelo setor de marketing do BB, Pizzolato foi condenado a 12 anos e sete meses de prisão pelo Supremo Tribunal Federal.

Pizzolato fugiu para a Itália em 2013, usando o passaporte falso de um irmão morto há mais de 30 anos. Ele escolheu o país por ter cidadania italiana. No ano passado, foi preso na cidade de Maranello. Com informações da Assessoria de Imprensa do MPF e da Agência Brasil.

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