Direito profissional

Advogados criticam convocação de Beatriz Catta Preta por CPI da Petrobras

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27 de julho de 2015, 19h25

A Associação do Advogados Criminalistas do Estado de São Paulo (Acrimesp) divulgou moção pública nesta segunda-feira (27/7) repudiando a convocação da advogada Beatriz Catta Preta pela CPI da Petrobras.

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Advogada foi a responsável por nove delações premiadas na operação "lava jato".Reprodução

“Os esclarecimentos pretendidos são alheios e impertinentes ao objeto desta CPI, criada e instalada com o intuito exclusivo de apurar e investigar a existência de corrupção e de desvios na Petrobras, no período abrangido entre 2005 e 2015”, afirma a Acrimesp.

A associação cita ainda que a convocação busca apenas “desviar o foco da investigação, por mero espírito corporativista, atentando contra o Estado Democrático de Direito, com atitudes e decisões somente observadas em regimes autoritários e de exceção”. A Acrimesp ressalta que o sigilo entre advogado e cliente deve ser respeitado, e que o profissional do Direito não pode ser enquadrado no artigo 9º da Lei de Lavagem de Dinheiro, sendo obrigado a investigar a origem dos honorários recebidos.

A advogada, que ganhou notoriedade ao atender na "lava jato" pelo menos nove investigados interessados em assinar delação premiada, renunciou às defesas nos últimos dias.

Clique aqui para ler a moção.

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