Os apoios firmados no “fio do bigode”, ou seja, sem formalização, são uma das pulgas atrás da orelha de quem concorre às eleições para a Ordem dos Advogados do Brasil. Pela falta de documentação, não há muito o que fazer quando alguém que disse apoiar um candidato aparece fazendo campanha para outra chapa. Nas era das redes sociais, a publicação de vídeos com declarações de apoio e fotos de reuniões têm sido uma ferramenta útil para mostrar quem são os aliados — e consequentemente diminuir o risco de eles trocarem de posição.
Um dos pré-candidatos à presidência da OAB de São Paulo, Ricardo Hasson Sayeg, derrotado nas últimas eleições, que tem se mostrado ativo nas redes sociais com o que intitulou como “movimento #terepresento”, deu um passo ainda mais incisivo na documentação de apoio: registrou em cartório um documento assinado por 34 advogados, no qual elenca 12 princípios para o seu grupo político.
Entre os advogados que assinam o documento estão Eduardo Arruda Alvim, Nelson Willians e Lucy Helena Briana Calandra (mulher do desembargador aposentado Henrique Nelson Calandra). Já os princípios vão desde “a dignidade da pessoa humana” à “autodeterminação dos povos”, passando pela “promoção do bem de todos, sem preconceito de origem, raça, gênero, etnia, religião, faixa etária e quaisquer outras formas de discriminação”.