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Cunha pede que Lewandowski transfira rapidamente ação da "lava jato" para STF 

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21 de julho de 2015, 21h50

O presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), reuniu-se nesta terça-feira (21/7) com o presidente do Supremo Tribunal Federal, Ricardo Lewandowski, para pedir agilidade em seu pedido de que a corte suspenda uma ação penal em que ele foi citado por um delator da “lava jato”.

O empresário Júlio Camargo, do grupo Toyo Setal, afirmou ao juiz federal Sergio Fernando Moro que o deputado federal pediu US$ 5 milhões de propina para que um contrato de navios-sonda da Petrobras fosse viabilizado. Cunha negou que tenha cobrado valores e pediu que o processo deixe a 13ª Vara Federal em Curitiba e passe para o Supremo, já que o presidente da Câmara tem prerrogativa de foro.

Cunha e seu advogado, o ex-procurador-geral da República Antônio Fernando de Souza, conversaram com Lewandowski por cerca de uma hora. O ministro já pediu informações a Moro, mas a defesa do deputado avalia que o caso é urgente e merece uma decisão rápida, antes mesmo da manifestação do juiz do Paraná.

“É evidente a usurpação de competência do Supremo Tribunal Federal por parte do Juízo reclamado ao proceder investigações em face do reclamante, a demandar urgente adoção de providências por essa egrégia Suprema Corte”, afirma Souza.

Na ação em que Cunha foi citado, são réus o ex-diretor da Petrobras Nestor Cerveró, o doleiro Alberto Youssef e o empresário Fernando Soares, conhecido como Fernando Baiano, além de Júlio Camargo. No STF, o presidente da Câmara já responde a um inquérito aberto para apurar se ele apresentou requerimentos na Casa contra empresas que teriam parado de pagar propina, como forma de retaliação. Ele também nega ter escrito as solicitações. Com informações da Assessoria de Imprensa do STF.

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