O procurador-geral da República, Rodrigo Janot (foto), assinou nesta segunda-feira (19/1) uma portaria que cria um grupo de trabalho para auxiliá-lo na análise dos desdobramentos da operação "lava jato" em trâmite no Supremo Tribunal Federal.
O grupo vai trabalhar em cooperação com a força-tarefa já instituída para tratar da investigação em curso na primeira instância da Justiça Federal do Paraná.
Para o grupo de trabalho foram nomeados oito membros: os procuradores regionais da República Douglas Fischer e Vladimir Aras; os procuradores da República Bruno Calabrich, Fabio Coimbra e Rodrigo Telles de Souza; e os promotores de Justiça do Ministério Público do Distrito Federal Sergio Fernandes e Wilton Queiroz. O coordenador do grupo será o procurador regional Douglas Fischer.
A chamada operação “lava jato” foi deflagrada em março de 2014, focada a princípio em suposto esquema de lavagem de dinheiro e evasão de divisas que seria comandado por Alberto Youssef em Londrina (PR). A Polícia Federal apontou relação entre o doleiro e o ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa, fazendo com que negócios na estatal virassem o centro da história.
Costa disse em depoimento que empresas fraudavam contratos e repassavam dinheiro para partidos. A afirmação levou a uma nova fase da operação, que prendeu representantes de empreiteiras em novembro.
As ações decorrentes da operação — envolvendo réus sem prerrogativa de foro — são conduzidas pelo juiz Sergio Fernando Moro. Investigações ligadas a parlamentares correm no Supremo Tribunal Federal, sob a responsabilidade do ministro Teori Zavascki.
Em depoimentos de delação premiada, o doleiro Alberto Youssef (foto) indicou nomes de autoridades com foro privilegiado, como deputados federais e senadores, que receberam dinheiro do esquema. Como o caso corre em segredo de Justiça, os nomes ainda não foram revelados oficialmente.
Clique aqui para ler a portaria da PGR.
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