Dívidas empresariais

Justiça do Rio devolve piano e carro de luxo a Eike Batista

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28 de fevereiro de 2015, 18h40

Fábio Pozzebom/AB
O empresário Eike Batista (foto) recebeu de volta, em sua casa no Jardim Botânico, Zona Sul do Rio de Janeiro, o piano e um dos carros apreendidos pela Polícia Federal no início de fevereiro, por ordem da justiça. É o que informa o portal de notícias G1. Os bens foram entregues na noite de sexta-feira (27/2). O ex-bilionário não estava em casa, segundo informou o advogado dele, Raphael Mattos.

Segundo o Tribunal Regional Federal da 2ª Região, a devolução foi determinada pelo juiz Vitor Barbosa Valpuesta, que assumiu a 3ª Vara Federal Criminal também na sexta-feira. Ele entrou na unidade em substituição ao juiz Flávio Roberto de Souza, que após ter sido afastado dos processos contra Eike pela corregedora nacional de Justiça, ministra Nancy Andrighi, pediu licença do cargo por motivos de saúde.

O carro entregue foi um Range Rover, que pertence a Thor Batista, filho do empresário e dono do veículo. O carro foi fotografado na garagem do prédio onde Souza mora, na Barra da Tijuca.

O juiz foi flagrado, na última quarta-feira (24/2), dirigindo o Porsche Cayenne de Eike. O veículo também estava sob a guarda de Souza. O magistrado admitiu ainda ter dado a um vizinho a guarda de um piano de cauda que pertence a Eike. Esses e outros bens foram apreendidos por decisão do próprio juiz e seriam leiloados para garantir o pagamento de dívidas empresariais.

Afastamento
Apesar de ter sido afastado dos processos contra Eike por decisão administrativa, a 2ª Turma Especializada do TRF-2 retoma, na próxima terça-feira (3/2), o julgamento do pedido de exceção de suspeição contra Souza, movido pela defesa de Eike. Com os últimos acontecimentos, os advogados do ex-bilionário acreditam que os atos do juiz serão anulados, incluindo a apreensão dos bens.

A conclusão do pedido de suspeição, inicialmente marcada para o dia 25 de fevereiro, foi adiada porque o desembargador federal Marcello Granado pediu vistas ao processo. O relator do caso, o desembargador Messod Azulay, votou a favor do afastamento do magistrado, mantendo quase todos os elementos do processo e a desembargadora Simone Schreiber acompanhou o relator.

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