Sem provas

TJ-RJ arquiva ação contra inglês acusado de chefiar máfia de ingressos na Copa

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11 de fevereiro de 2015, 9h46

A 6ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro arquivou as acusações contra o inglês Raymond Whelan, executivo da Match Services, no caso da venda irregular de ingressos para o jogos da Copa do Mundo. O processo, no entanto, continuará contra os demais acusados.

A Match é parceira da Fifa e tinha exclusividade dos direitos de venda de pacotes de ingresso para a Copa do Mundo. Whelan foi denunciado pelos crimes de cambismo, organização criminosa, lavagem de dinheiro, corrupção ativa e sonegação.

Para o relator do caso, desembargador Luiz Noronha Dantas, não houve indícios que sustentavam as denúncias do Ministério Público contra o executivo. “Decreto a inépcia material da denúncia, trancando-se a ação penal apenas quanto a este paciente, sem extensão a qualquer dos demais corréus”, afirmou.  

Tanto o MP quanto os policiais da 18ª Delegacia de Polícia do Rio afirmaram à época da prisão de Whelan que a prova contra ele seria a troca de cerca de 900 ligações telefônicas entre o inglês e o argelino Mohamadou Lamine Fofana, suspeito de ser o chefe da quadrilha de venda ilegal de ingressos. 

Mas as 900 ligações não existiam, segundo sua defesa. “Foram, na verdade, 28 ligações, totalizando 17 minutos e 24 segundos”, afirmou o advogado do executivo, Fernando Fernandes.

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