Propinas e projetos

Ex-vereador preso na "lava jato" aguarda homologação de delação premiada

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5 de dezembro de 2015, 21h41

Alexandre Romano, ex-vereador do PT preso nos desdobramentos da operação "lava jato", é um dos ansiosos investigados que aguardam homologação da sua colaboração premiada, em Curitiba. Nas suas confissões, Romano discorre sobre fatos ligados a cardeais petistas, como Gleisi Hoffmann, Paulo Bernardo e outros grandes nomes do partido.

Alexandre Romano explica, ainda, como fez para conseguir contrato da Consist Software com o Ministério do Planejamento para executar um sistema integrado de gestão de empréstimos consignados com servidores federais, em troca de uma taxa que seria repassada a agentes públicos.

Entre suas declarações, Romano teria dito que pagou propina ao líder do governo na Câmara dos Deputados, José Guimarães, em troca de auxilio na aprovação de projetos no Banco do Nordeste. Parte dos valores, o deputado teria usado para pagar honorários advocatícios.

O escritório que representa o deputado, procurado, afirmou não conhecer o teor da delação, mas esclarece que já reviu todos os pagamentos de seu cliente e confirmou que nenhum valor foi recebido fora dos padrões legais. Todos os honorários, informa, foram formalmente contabilizados, declarados ao fisco e correspondem a serviços prestados de fácil comprovação, afirmam os advogados.

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