Consultor Jurídico

Pleno da OAB-SP deve julgar se cassará inscrição de José Dirceu

23 de agosto de 2015, 15h20

Por Redação ConJur

imprimir

Conselheiros da seccional paulista da Ordem dos Advogados do Brasil devem analisar na próxima segunda-feira (24/8) se a entidade vai cassar o registro do ex-ministro José Dirceu.

O pedido foi apresentado por um advogado que questiona por que Dirceu continua com a situação regular na entidade depois de ser condenado por corrupção ativa na Ação Penal 470, o processo do mensalão. Segundo o autor, as condutas imputadas a ele pelo Supremo Tribunal Federal são contrárias à idoneidade moral exigida para se exercer a advocacia.

Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil
José Dirceu está preso no Paraná, depois de ser citado na operação "lava jato".

A carteira 90.792 só será cassada ou suspensa se houver voto favorável de ao menos dois terços dos 80 conselheiros titulares.

Em 2010, o Tribunal de Ética e Disciplina da OAB-SP negou outro pedido apresentado contra Dirceu com base na cassação do cargo de deputado federal, por falta de decoro parlamentar. Na época, o tribunal avaliou que somente pode ser considerado inidôneo quem tivesse processo disciplinar parlamentar ou ação penal sem possibilidade de recurso.

O ex-ministro cumpria regime domiciliar em Brasília quando voltou a ser preso em caráter preventivo no início de agosto, envolvido na famosa operação “lava jato”. Isso porque ele foi citado em depoimentos de delatores e a empresa de consultoria que ele comandava, a JD Assessoria, foi contratada por construtoras investigadas na “lava jato”, como a Galvão Engenharia, a OAS e a UTC.