Voltando para casa

Pizzolato será extraditado, decide ministro da Justiça da Itália

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24 de abril de 2015, 13h48

Agência Brasil
O governo italiano decidiu, nesta quinta-feira (24/4), extraditar o ex-diretor de marketing do Banco do Brasil Henrique Pizzolato. As autoridades brasileiras já foram notificadas do fato e terão 20 dias para trazê-lo de volta.

A decisão foi tomada pelo ministro da Justiça da Itália, Andrea Orlando. Pizzolato, que também é cidadão italiano, foi condenado na Ação Penal 470, o processo do mensalão, em 2013. O Supremo Tribunal Federal o sentenciou a 12 anos e sete meses de prisão por lavagem de dinheiro e peculato.

Em setembro de 2013, dois meses antes de sua prisão ser decretada, o ex-diretor fugiu para a Itália com um passaporte falso. Ele deixou o Brasil de carro, pela cidade de Dionísio Cerqueira (SC). Em fevereiro de 2014, foi capturado em Maranello devido a irregularidades em sua documentação.

Por meio de nota conjunta, o Ministério da Justiça e a Procuradoria Geral da República destacaram o trabalho conjunto realizado pelas autoridades dos países.

Segundo o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, a integração entre Poder Judiciário, Procuradoria-Geral da República e Poder Executivo, "garantiu o sucesso da cooperação internacional neste caso”.

Já o Procurador-Geral da República, Rodrigo Janot, destacou que “a Procuradoria Geral da República reconhece o empenho das autoridades italianas para a concessão da extradição, o que confirma o fortalecimento da cooperação bilateral em matéria penal em todos os planos".

A extradição de Pizzolato havia sido negada em primeira instância pela Justiça italiana. O argumento utilizado foi a falta de infraestrutura dos presídios brasileiros. Mas, em fevereiro deste ano, a Corte de Cassação de Roma autorizou o envio do ex-diretor do banco ao Brasil.

Os juízes que analisaram o caso afirmaram que o Brasil possui todas as condições para garantir a segurança de Pizzolato em um presídio. De acordo com a lei processual italiana, o julgamento é definitivo. Apesar do entendimento, ainda era necessária a aprovação da sentença pelo Ministério da Justiça italiano. Com informações da Agência Brasil.

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