Despedida cristã

Personalidades lotam igreja em SP em homenagem a Carlos Mateucci

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24 de abril de 2015, 16h24

Advogados, juízes e membros do Ministério Público lotavam do altar à calçada da Paróquia Nossa Senhora do Brasil, em São Paulo, para prestar homenagem póstuma ao advogado Carlos Roberto Fornes Mateucci, nesta sexta-feira (24/4). Tesoureiro da Ordem dos Advogados do Brasil de São Paulo e ex-presidente do Centro de Estudos das Sociedades de Advogados, Mateucci morreu no dia 18 de abril, em um acidente de carro no interior do estado.

ConJur
A igreja comporta 360 pessoas sentadas, mas a maioria ficou em pé na missa de sétimo dia, que começou às 12h45. Impossível apontar todas as personalidades do Direito presentes, como os conselheiros federais da OAB Arnoldo Wald Filho e Guilherme Batochio; o desembargador do Tribunal de Justiça de São Paulo José Otávio Toledo; os advogados Euro Bento Maciel, Carlos Kauffmann, Roberto Parahyba de Arruda Pinto, Antonio Cláudio Mariz de Oliveira, Rui Celso Reale Fragoso, Manuel Alceu, José Roberto Batochio, Arystóbulo de Oliveira Freitas, Celso Mori, Tales Castelo Branco, Mário Sérgio Duarte Garcia, Alberto Zacharias Toron, Ricardo Tosto, Luiz Flávio Borges D’Urso, Carlos José Santos da Silva, Antônio Correia Meyer, Moira Huggard-Caine, Sylvia Naufal, Eli Alves da Silva, Eduardo Carnelós, Álvaro Villaça, Cássio Mesquita, Clemência Wolthers, Marcelo Knopfelmacher, Jorge Eluf Neto e Fábio Romeu Canton Filho.

Mateucci tinha acabado de inaugurar um escritório de advocacia, assim que deixou a presidência do Cesa, em 31 de março. No momento do acidente de carro, estava junto com Marcos da Costa, presidente da OAB de São Paulo e pré-candidato à reeleição, voltando de um evento de advogados. Costa estava dormindo enquanto Mateucci dirigia. O presidente da OAB-SP conta a amigos mais próximos que acordou com o barulho do carro entrando na vala que separa as pistas da estrada próxima à cidade de Tatuí, a tempo de ver quando o veículo, uma Pajero Dakar, capotou.

Naquele dia, ambos participaram de um seminário sobre maioridade penal organizado pela OAB e foram para Itapetininga, para um evento de aniversário do conselheiro da OAB Eli Alves da Silva, onde Costa deveria falar com advogados locais sobre as eleições. O anfitrião da festa disse que durante o período em que estiveram no evento (cerca de três horas), Costa e Mateucci não consumiram bebidas alcoólicas.

A morte de Mateucci e o ferimento de Marcos da Costa — que teve que passar por cirurgia, mas se recupera bem — são, para muitos advogados, um sinal de que é preciso mudar o sistema eleitoral da OAB. Concorrer à presidência da seccional significa peregrinar pelo estado, parar em duas ou três cidades por noite para jantar com advogados locais e falar sobre as propostas da chapa. Em São Paulo, são mais de 200 subseções, que obrigam seus pré-candidatos a começarem a rodar o estado pelo menos um ano antes das eleições, normalmente nos fins de semana.

Na missa desta sexta-feira, José Roberto Batochio falou sobre o ritmo frenético das eleições. O advogado conta que em uma das campanhas para a presidência da OAB-SP, chegou na Casa do Advogado de uma cidade pequena para falar sobre eleições e foi informado de que a votação já tinha acontecido. Só então notou que ele e sua equipe já haviam deixado o estado de São Paulo e estavam em Minas Gerais.

Mateucci é lembrado pelos colegas como advogado dedicado à classe, querido pelos colegas e muito respeitado. Marcus Vinícius Furtado Coêlho, presidente do Conselho Federal da OAB, afirmou que a advocacia brasileira perdeu um dirigente destacado, que deixa um grande legado de trabalho em defesa das sociedades de advogados.

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