Calmaria judicial

Eleições de 2014 são as mais tranquilas desde redemocratização, diz Toffoli

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5 de outubro de 2014, 13h51

O primeiro turno das eleições presidenciais deste ano foi o mais tranquilo desde a redemocratização do país. Segundo o presidente do Tribunal Superior Eleitoral, ministro Dias Toffoli, o número de representações feitas por candidatos contra adversários este ano foi “bem menor” que o das últimas eleições presidenciais, em 2010.

Divulgação/TRE-SP
Segundo Toffoli (foto), com o pleito deste ano, o país prova sua maturidade democrática. “Até mesmo as propagandas dos partidos estão muito mais propositivas, há muito mais debate de ideias e de propostas do que acusações, ataques e denúncias”, disse em entrevista coletiva concedida na tarde deste domingo (5/10) na sede do TSE, em Brasília.

O ministro também disse que só foi concedido um direito de resposta a coligação partidária durante todo o primeiro turno. “Foi sem dúvida a eleição mais tranquila desde a redemocratização.”

Levantamento feito com base nos dados do TSE na sexta-feira (3/10) mostrou que o Brasil tem 21 mil candidatos e 1,2 mil deles aguardam decisão da Justiça Eleitoral sobre seus registros.

Toffoli também comemora a agilidade da Justiça Eleitoral para resolver os casos que chegam ao seu protocolo. Em entrevista à ConJur publicada nesta quinta-feira (2/10), ele contou que os tribunais regionais eleitorais julgaram todos os processos e o TSE, “pelo menos em grau de decisão monocrática”, já analisou 95% dos casos.

Outro levantamento feito pela ConJur que desde que o período para propaganda eleitoral de 2014 começou, o Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo recebeu 322 representações referentes a anúncios — tirando as relativas a propaganda antecipada. Entre os casos estão os de direito de resposta e os pedidos para que campanhas parassem de ser veiculadas, inclusive em redes sociais. De todos esses processos, 65% podem ser considerados inúteis, uma vez que 146 pedidos foram julgados improcedente e 66 foram extintos sem julgamento de mérito. 

*Texto alterado às 15h10 do domingo (5/10) para acréscimo de informações.

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