Chantagem tecnológica

Chantagear pessoas com roubo de informações virtuais é a nova moda de crime virtual

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15 de novembro de 2014, 15h31

Crimes cibernéticos – sequestro virtual

A nova moda dos criminosos é o sequestro virtual: além de serem maus-caracteres, são especializados em roubar informações sigilosas de toda sorte de pessoas (desde donas-de-casa até empresários), tais como logins e senhas de contas bancárias, dados de investimentos e assuntos confidenciais dos mais diversos.

Recentemente, uma emissora de televisão demonstrou que os crimes, além de virtuais, são globais: na última semana, um programa dominical denunciou um brasileiro que mora nos Estados Unidos da América e vem roubando fotos e vídeos pornográficos para chantagear suas vítimas e, com isso, obter delas (geralmente mulheres) fotos e vídeos seminuas ou nuas.

Os crimes virtuais, especialmente o que intitulo “sequestros virtuais”, realmente beiram o absurdo, pois a vítima fica vulnerável a ponto de se render aos pedidos do meliante sem poder se defender. Pior: pode ter sua carreira profissional prejudicada, seu casamento ou relacionamento seriamente comprometido e sua vida ameaçada por culpa destes criminosos.

Este procedimento, ou roubo, parte dos diversos e-mails que recebemos diariamente e, entre eles, segue o do meliante, que deixa um programa que captura arquivos e envia direto ao ladrão virtual. Este e-mail ainda contém código malicioso que apaga ou danifica arquivos sigilosos da vítima e ainda deixa recados, como um “pedido de resgate” para não fazer mal uso das informações furtadas.

No caso exposto pela mídia, o ladrão brasileiro em território estrangeiro se passa por uma amiga ou vizinha e, na sala de bate papo, faz seu pedido de resgate, e em posse de fotos e vídeos secretos da vítima, aproveitando-se da situação, pede para esta se despir em sessão de conversa via câmera, deixando-a tão perplexa que não tem como impedir o criminoso de praticar suas atrocidades.

Em outros casos, empresários e executivos tem subtraídas informações tão sigilosas que acabam por entregar valores de alta monta para se verem livres de tê-las divulgadas, deixando-os em situação constrangedora.

Os crimes de alta tecnologia estão sendo combatidos, mas ainda necessitamos de mais equipamentos, mais especialistas e, sem dúvida, de legislação mais atual e severa, para coibir estes criminosos de avançarem contra a imagem e a vida das vítimas.

Neste momento, a denúncia à Polícia Especializada é o melhor caminho; claro que, com o acompanhamento de advogados que tratam deste assunto, as vítimas lograrão êxito mais rapidamente em, sem nenhuma dúvida, localizar os criminosos, seja no mundo virtual, seja no mundo real.

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