"Silêncio e efetividade"

Comissão do Senado aprova Nancy Andrighi para Corregedoria do CNJ

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10 de junho de 2014, 21h10

A Comissão de Constituição e Justiça do Senado aprovou nesta terça-feira (10/6), por unanimidade, a indicação da ministra Nancy Andrighi, do Superior Tribunal de Justiça, para o cargo de corregedora do Conselho Nacional de Justiça, no biênio 2014-2016. Agora, a nomeação depende de aprovação pelo plenário da Casa.

Ela afirmou que, como corregedora nacional de Justiça, seguirá os passos de seus antecessores para atuar com responsabilidade e dedicação na importante missão fiscalizadora da atuação dos juízes, dos serviços judiciais auxiliares, das serventias e dos serviços notariais.

Nelson Jr./ASICS/TSE
“Não deixarei de fazê-lo com toda a civilidade necessária, mas farei ao meu modo pessoal, com silêncio e efetividade”, afirmou Nancy (foto), ressaltando que utilizará o diálogo e a verdade, sempre observando o “sagrado direito de defesa”.

A ministra respondeu a perguntas sobre similaridade da Justiça brasileira com a de outros países, rigor das penas, penas alternativas, equilíbrio entre os poderes do Estado e importância da mediação. Ela ressaltou a necessidade de investir no planejamento estratégico e na modernização do Poder Judiciário para que o país tenha uma Justiça absolutamente transparente.

Nancy defendeu o uso de recursos tecnológicos, como o Skype  — programa de telefonia com vídeo pela internet —, para a realização de audiências e oitiva de testemunhas. Pioneira no uso da tecnologia, a ministra afirmou que o CNJ deve incentivar o uso da tecnologia como forma de reduzir custos e otimizar o andamento dos processos mediante o contato direto do julgador com as partes, advogados e testemunhas. “Não se pode admitir, especialmente no Poder Judiciário, a presença do vício do misoneísmo [repulsa às novidades], que tende a abraçar o âmago de todas as profissões”, afirmou.

O ministro Francisco Falcão, atual corregedor do CNJ e presidente eleito do STJ, elogiou Nancy Andrighi e disse que ela certamente dará continuidade ao trabalho que vem sendo desenvolvido nos últimos anos no conselho. Falcão aproveitou para fazer uma rápida prestação de contas de seu mandato e disse que o CNJ, no último biênio, realizou 24 visitas a tribunais de 2ª instância, cobrindo quase todos os estados.

Os senadores que se manifestaram na reunião da CCJ elogiaram as qualidades da ministra e expressaram confiança em sua atuação no CNJ. A sabatina foi acompanhada também pelos ministros do STJ Sidnei Beneti, Paulo de Tarso Sanseverino e Villas Bôas Cueva. Com informações da assessoria de imprensa do STJ.

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