Critérios de produtividade

Juiz do Tocantins pede no CNJ a suspensão da escolha de desembargador

Autor

11 de julho de 2014, 14h48

Um juiz de Palmas (TO) ingressou com um pedido de liminar no Conselho Nacional de Justiça (CNJ) para que seja revista a nomeação de outro colega ao cargo de desembargador no Estado. Foi alegado a necessidade de investigar a produtividade dos candidatos.

O pedido partiu do juiz da 2ª Vara Cível de Palmas Luís Otávio de Queiroz Fraz contra o Decreto Judiciário 198 que promoveu o juiz Helvécio de Brito Maia Neto ao cargo de desembargador, segundo informações do Jornal do Tocantins.

Além do pedido liminar, Fraz pede que seja anulada a sessão do dia 26 de junho e que seja feita uma nova para a escolha de desembargador. O documento foi protocolado no último dia 30 e direcionado ao presidente do CNJ, ministro Joaquim Barbosa.

No documento, Fraz pede que seja apurada a produtividade de Maia Neto e de outras duas candidatas ao cargo, nos 24 meses anteriores às suas convocações, enquanto ocupavam as funções de juízes substitutos de desembargadores.

Outro pedido  foi que toda a documentação relacionada ao procedimento fosse remetida ao Superior Tribunal de Justiça para apuração. Segundo Fraz, pode ter ocorrido o crime de prevaricação.

O juiz também requereu que o CNJ determine que os votos dos desembargadores que escolheram Maia Neto fossem disponibilizados a ele para a possibilidade de manifestação sobre seus conteúdos. Fraz questiona o fato de que a escolha e a posse do desembargador foram realizadas na mesma sessão.

Ele afirma que esse procedimento foi realizado com propósito de dificultar possíveis recursos. Para ele, o julgamento foi feito antes da consolidação dos dados objetivos de cada candidato à vaga. No dia da escolha, um recurso apresentado pelo magistrado contra os critérios adotados pelo TJ-TO e foi negado pelo Pleno.

Segundo o jornal, Maia Neto afirmou não ter conhecimento do recurso e ressaltou que sua escolha está justificada no voto de cada desembargador que participou da sessão no dia 26. O presidente da Associação dos Magistrados do Tocantins (Asmeto), Roniclay Alves de Morais, também defendeu a nomeação porque cada desembargador apresentou seus critérios durante a sessão.

Tags:

Encontrou um erro? Avise nossa equipe!