Pequenos negócios

Em entrevista deste domingo, especialista em fusões fala sobre mercado brasileiro

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4 de julho de 2014, 15h04

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A diminuição no ritmo de fusões e aquisições no mercado só atinge os grandes negócios. Pequenas e médias operações, que envolvem valores abaixo de R$ 100 milhões, continuam intensas e são um mercado cheio de oportunidades para advogados. Quem afirma é um especialista no assunto. Segundo Eduardo Boccuzzi (foto), sócio do escritório Boccuzzi Advogados, a quantidade de negócios desse tipo que chegou ao escritório no último ano cresceu 30%.

Fundador da butique, que comemora 18 anos e tem apenas 15 advogados, Boccuzzi concedeu entrevista à revista eletrônica Consultor Jurídico logo após voltar de uma palestra em nova York no encontro anual da organização The Law Firm Network. Lá, ele falou sobre as dificuldades legais que dificultam fusões e aquisições por estrangeiros no Brasil.

Na entrevista, que será publicada neste domingo (6/7), o advogado afirma que a falta de segurança jurídica no país em relação à aplicação de regras trabalhistas e tributárias é o principal motivo das contingências apontadas por auditorias nos relatórios de due diligence feitos a respeito de empresas brasileiras que estão na mira de estrangeiras. E que parte do trabalho dos escritórios nacionais nessas operações é avaliar a possibilidade real de perdas com os riscos apontados.

Para Boccuzzi, no entanto, a dificuldade para se abrir um negócio no Brasil assusta ainda mais players do exterior, que preferem adquirir parte do capital de empresas já instaladas e evitar a demora com a burocracia. Ele fala também sobre as mudanças propostas para o Código de Ética da Advocacia, em estudo na Ordem dos Advogados do Brasil e sobre a consolidação da advocacia em sociedades e os critérios para remuneração de sócios.

Perfil
Formado em Direito pela Universidade de São Paulo, pelo Instituto de Estudos Legais Avançados da Universidade de Londres e pela London Guildhall Universit, Eduardo Boccuzzi, de 53 anos, advoga desde 1989 e, entre 1996 e 1997, trabalhou para uma das mais tradicionais bancas inlgesas, a Denton Wilde Sapte, fundada em 1785. Quando voltou — e a ConJur registrou a experiência em uma de suas primeiras reportagens, em 1997 —, fundou o próprio escritório.

Especialista em finanças corporativas, fusões e aquisições, Direito Bancário, mercado de capitais e Direito Tributário, recebeu da revista inglesa Global Law Experts, em 2010, a indicação de profissional recomendado na área de fusões e aquisições no Brasil. A publicação indica cerca de 2 mil experts em mais de 50 áreas em 140 países. Ele também é coautor do capítulo brasileiro do livro International Corporate Law Compendium.

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