A Justiça de São Paulo determinou a penhora de 10% do faturamento bruto da Igreja Mundial do Poder de Deus, incluindo dízimos, doações e quaisquer outros tipos de arrecadações. A decisão do juiz Carlos Eduardo Borges Fantacini, da 26ª Vara Cível, foi proferida no dia 30 de junho em processo no qual o Grupo Bandeirantes cobra a igreja por ter deixado de pagar pelo espaço usado para veicular programas próprios no Canal 21. As empresas são defendidas pelo advogado Cristiano Zanin Martins, do escritório Teixeira, Martins & Advogados.
Comandada pelo apóstolo Valdemiro Santiago, a Mundial já havia tido contas penhoradas entre março e maio deste ano, mas o valor chegou a cerca de 25% dos R$ 8,9 milhões devidos. Agora, um administrador judicial deve fazer diligências para verificar se, a cada culto, por exemplo, parte do dinheiro entregue por fiéis será repassado à Band.
Também neste ano, em abril, a Justiça paulista considerou improcedente outra ação que pedia danos morais da revista IstoÉ por uma reportagem sobre a crise financeira da igreja.
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Comentários de leitores
3 comentários
Jesus sonegador?
Ian Manau (Outros)
Aguardamos ansiosos o dia em que as religiões serão obrigadas a pagar impostos como outras empresas.
Um basta no comércio da fé
Marco Antonio PGE (Advogado Autônomo - Tributária)
Einstein, tempos atrás, já alertava do mal que "Empresas(CC/02) da Fé" proporcionavam aos seus seguidores. O Estado tem o dever de limitar este verdadeiro estelionato, à MMN, praticado contra pessoas do bem em nome de Deus. Decisão que deve ser exemplo para outras nuances.
Triste
Rafael F (Advogado Autônomo)
Muito triste ver uma das Igrejas de Cristo ser coordenada com tamanha irresponsabilidade.
Triste mesmo é saber que isso é(e será) utilizado como argumento para ignorantes generalizarem.
A quem muito é dado, muito será cobrado.
Comentários encerrados em 11/07/2014.
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