A morte de Ophir Filgueiras foi comunicada pela OAB, que divulgou nota de pesar. O presidente nacional da entidade, Marcus Vinicius Furtado Coêlho, lamentou a morte e decretou luto oficial por cinco dias em homenagem aos serviços prestados por Cavalcante à sociedade e à OAB. “Ophir foi um homem republicano integro e extremamente dedicado às causas coletivas”, disse Furtado Coêlho.
O velório do ex-presidente será em Belém, no Palácio Lauro Sodré, antigo Palácio dos Governadores. O horário ainda será divulgado. O governador do Pará, Simão Jatene, decretou luto oficial de três dias.
Biografia
Ophir Filgueiras Cavalcante é filho de Antônio Gomes Cavalcante Filho e Irene Filgueiras, e nasceu em 2 de agosto de 1937, em Belém (PA). Formou-se em direito pela Universidade Federal do Pará (UFPA), no dia 8 de dezembro de 1960. Ele era casado com Célia Cavalcante. É pai de três filhos: Ophir Junior, Suzy e Carla. Os três filhos também são advogados.
Na OAB-PA, ele exerceu os cargos de vice-presidente (1983-1985) e presidente 1985-1987. E em 1987 ingressou no Conselho Federal como conselheiro pelo Pará, tendo sido eleito vice-presidente para o biênio 1987-1989, na gestão de Márcio Thomaz Bastos. Presidiu a OAB Nacional de 1989 até 1991.
Em 1º de abril de 1989, tomou posse como presidente do Conselho Federal da OAB. Em seu discurso na solenidade de posse, afirmou que “são os advogados artífices de um novo mundo, que um dia deverá ser universalmente aceito, quando o direito não for outra senão a expressão mesmo da vida, numa idade nova e livre, que não comporte sequer um pensamento escravo”.
Gestão
A instalação da sede própria da OAB Nacional em Brasília foi em 19 de novembro de 1990 durante a sua gestão. Ophir presidiu a entidade na época em que foram realizadas as eleições diretas para presidência da República após 25 anos de regime autoritário. No período, também foi organizada a XIII Conferência Nacional da OAB, Belo Horizonte (MG).
Sua gestão fez manifestações do Conselho Federal da OAB contra a violência institucionalizada por questões agrárias na região do Bico do Papagaio, Pará; a prática de violações e o desrespeito ao Poder Legislativo com a edição de medidas provisórias e a proposta de emenda constitucional que instituía a pena de morte. Com informações da Assessoria de Imprensa da OAB.