Braços cruzados

Agentes da PF fazem paralisação por reajuste salarial

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11 de fevereiro de 2014, 17h29

Mais de 6,5 mil agentes, escrivães e papiloscopistas da Polícia Federal pararam nesta terça-feira (11/2) em adesão à paralisação proposta pela Federação Nacional dos Policiais Federal (Fenapef) e sindicados da categoria nos 26 estados e no Distrito Federal. Eles protestam por reajuste salarial e melhores condições de trabalho.

Segundo a Fenapef, entre 60% e 70% do efetivo aderiu ao movimento. Estão paradas todas as investigações, assim como as delegacias de Entorpecentes, Fazendária e Marítima. A paralisação, no entanto, não atinge serviços como emissão de passaporte, plantão nas delegacias e fiscalização nos aeroportos. Uma nova paralisação está programada para os dias 25 e 26 de fevereiro. Em Brasília, os agentes estão concentrados em frente ao edifício sede da PF. 

Agentes, escrivães e papiloscopistas reclamam que estão recebendo tratamento diferenciado em relação a outras categorias do funcionalismo público federal. Segundo eles, enquanto outros servidores receberam de 20% a 30% de reajuste no ano passado, eles estão sem reajuste salarial há oito anos.

O presidente da Fenapef, Jones Leal, disse que há um “mito” de que os policiais federais recebem altos salários. Segundo ele, atualmente, um agente da PF recebe, em média, R$ 5,5 mil líquidos. “É um salário razoável, mas o policial tem o risco de morte, dedicação exclusiva, vai para uma fronteira, onde terá que alugar um imóvel e também se distanciar da família. Ou seja, com isso, logo após assumir as lotações, os novos agentes estão abandonando a carreira”, alertou.

Procurada, a direção da Polícia Federal informou que não vai se manifestar sobre a paralisação. Já o Ministério da Justiça, que na semana passada informou que não tinha gerência sobre questões salariais, disse que as reivindicações salariais da Polícia Federal são de responsabilidade conjunta das pastas da Justiça e do Planejamento. Com informações da Agência Brasil.

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