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“Eleições de 2014 são página virada”, diz Toffoli ao diplomar Dilma

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18 de dezembro de 2014, 19h53

A presidente Dilma Rousseff e seu vice, Michel Temer, foram diplomados para o próximo mandato na noite desta quinta-feira (18/12), no Tribunal Superior Eleitoral, em Brasília. Na cerimônia de diplomação, o presidente do TSE, ministro Dias Toffoli, fez questão de dizer que as eleições de 2014 são página virada. Toffoli afirmou que “não há espaço para terceiro turno na Justiça Eleitoral para cassar os que foram eleitos” e arrematou: “Que os especuladores se calem”.

Valter Campanato/Agência Brasil

O presidente do TSE aproveitou o evento para mostrar a dimensão do último pleito. Com 142.822.046 eleitores em 5.570 municípios, o Brasil é a quarta maior democracia do mundo, atrás de Índia, Estados Unidos e Indonésia.

Em seu discurso, a presidente reeleita, Dilma Rousseff, falou sobre o país estar descobrindo uma “nova consciência de moralidade pública”. Segundo ela, deve haver um pacto contra a corrupção que deságue na reforma política. “Não é uma nova lei que vai resolver. É uma nova cultura que tem que nascer dentro de cada lar”, afirmou.

Ditadura
A presidente também fez referência ao relatório recém-divulgado da Comissão Nacional da Verdade. “Vivemos num país em que a verdade não tem mais medo de aparecer. Num país que não tem medo de discutir crimes e arbítrios que aconteceram durante a ditadura militar”.

Dilma, no entanto, fez questão de dizer que não há espaço para revanchismo. Segundo ela, não se pode aceitar que “crimes do passado gerem conflitos anacrônicos no presente”. A presidente apontou que o Brasil ainda está purgando males que carrega há séculos, como a escravidão e o sistema patrimonialista de poder, “que ainda não se dissolveu por completo”.

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