Patrimônio bilionário

Empresário Henry Maksoud morre aos 85 anos em São Paulo

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17 de abril de 2014, 21h48

O empresário Henry Maksoud, dono do hotel Maksoud Plaza, em São Paulo, morreu nesta quinta-feira (17/4), aos 85 anos, em decorrência de um câncer. Filho de libaneses, Maksoud nasceu em Aquidauana, no Mato Grosso do Sul. Deixa mulher, os dois filhos, um neto e dois bisnetos. O velório será a partir das 23 horas no Cemitério do Morumbi, em São Paulo. O enterro será nesta sexta-feira (18/4), às 9h.

Autor de mais de 40 livros, Maksoud era defensor radical do liberalismo econômico. Em 1974, comprou a revista Visão, com a qual criticava o estatismo, o desenvolvimentismo e o intervencionismo econômico do regime militar. Entre 1988 até o começo dos anos 1990 comandou um programa na Bandeirantes (“Henry Maksoud e você”), em que além de apresentar um tema ao telespectador os discutia com seus entrevistados. Os ex-presidentes Luiz Inácio Lula da Silva e Fernando Henrique Cardoso foram alguns dos participantes. 

Disputas familiares
Recentemente, de acordo com informações do blog do jornalista Claudio Tognolli, o Ministério Público de São Paulo vinha investigando, sob segredo de justiça, denúncia de que Henry estava sendo mantido dopado e em cárcere privado, em sua mansão na Chácara Flora, zona sul de São Paulo. Funcionários e ex-funcionários do hotel Maksoud relatam que Roberto Maksoud, filho mais velho de Henry, que mora há anos fora do país, teria voltado ao Brasil por estar preocupado com a saúde de seu pai.

De acordo com o jornalista, a família disputa o comando de um patrimônio de pelo menos meio bilhão de dólares. Claudio Maksoud, segundo filho de Henry, teria sido judicialmente expulso dos apartamentos 1321 e 1319, onde morava havia 20 anos. O autor da ação é Henry Maksoud Neto, filho de Roberto, rompido com o pai e que hoje comanda o hotel com a ex-manicure do hotel Georgina Célia Bizerra Maksoud, que se casou com o patriarca.

Por conta de uma disputa com sua ex-mulher Ilde, com quem foi casado por 30 anos, Maksoud chegou a cumprir pena de prisão em seu próprio hotel, em 2004, por falta de pagamanto de pensão alimentícia. O valor da girava em torno de 35 mil dólares por mês, ou pouco mais de R$ 100 mil. A mesada cobria os gastos pessoais e familiares de Ilde.

Os atrasos no pagamento começaram a ocorrer quando Ilde recorreu à Justiça para formalizar o seu direito à pensão. Ela pediu R$ 70 mil por mês. Maksoud fez uma contraproposta de R$ 30 mil e o juiz arbitrou o valor em R$ 45 mil. Inconformado com a decisão da mulher de levar o caso para o tribunal, Maksoud passou a criar dificuldades. O casal também discutia partilha de bens milionária.

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