Sem provas

MP arquiva denúncia contra prefeito de Americana

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16 de abril de 2014, 10h47

O Ministério Público de São Paulo mandou arquivar o processo aberto contra o prefeito de Americana, Diego de Nadai (PSDB), por suspeita de recebimento de propina em um esquema de fraudes em licitações na área da saúde em municípios do interior de São Paulo.

De acordo com o MP-SP, não há provas de que o prefeito tenha recebido qualquer valor do esquema. “Não há nos autos, por ora, prova de que o chefe do Executivo municipal tenha solicitado, recebido ou mesmo aceitado promessa de recompensa para a prática de qualquer ato de ofício”, diz a decisão pelo arquivamento.

As investigações sobre Nadai foram divulgadas na esteira de uma operação do MP de Sorocaba deflagrada em 2012. Segundo o Gaeco, o prefeito teria recebido propina para contratar o Instituto SAS (Sistema de Assistência Social e Saúde). .

Ele foi defendido pelos advogados Haroldo Cardella e Anderson Pomini, que estudam se ingressarão ou não com ação por danos morais contra os órgãos de imprensa que divulgaram a notícia. Na época, o caso foi assunto em sites de notícias e em programas de televisão

"Para o próprio Ministério Público ficou claro que o prefeito não tem nenhuma responsabilidade com relação aos fatos inverídicos noticiados à exaustão pela imprensa", dizem os defensores.

Em depoimento ao MP-SP, Nadai disse que se encontrou com o responsável pela SAS, mas afirmou não recebeu qualquer valor. Segundo o prefeito, o encontro ocorreu em cumprimento de agenda na capital paulista, sendo que a reunião tratou da negociação de pagamentos atrasados que seriam feitos pela Prefeitura de Americana ao instituto.

De acordo com a Promotoria, as gravações das conversas do representante da SAS indicam que ele iria entregar R$ 80 mil para políticos de Americana. O diálogo, entretanto, não deixa claro se o valor iria para o prefeito. “Não existem elementos concretos de que esses valores seriam entregues ao alcaide, a qualquer outro político da região, ou mesmo aos prestadores de serviço do instituto SAS, posto que em outro momento, as escutas telefônicas revelam que os valores seriam pagamento dos ‘caras’ de Americana”.

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