Segurança e controle

Polícia Federal vai gastar R$ 90 milhões na Copa do Mundo

Autor

4 de abril de 2014, 18h28

A Polícia Federal recebeu R$ 90 milhões do Planalto para ações articuladas para a Copa do Mundo no Brasil, o que inclui segurança de aeroportos, controle de imigrantes, atividades antiterroristas e acompanhamento das delegações estrangeiras. O custo foi apresentado pelo delegado Felipe Tavares Seixas, coordenador de segurança de grandes eventos do Departamento de Polícia Federal, durante o 6º Congresso Nacional dos Delegados de Polícia Federal, que ocorre entre 2 e 5 de abril, nas cidades de Vitória e Vila Velha (ES). Será a maior operação da PF já realizada no país, segundo Seixas, com 6.700 servidores em atuação durante o evento. 

O valor total para gastos com segurança pública é de R$ 1 bilhão, como afirmou o secretário extraordinário de Segurança para Grandes Eventos, Andreis Augusto Passos Rodrigues, cuja área é vinculada ao Ministério da Justiça. Também delegado federal e participante do evento, promovido pela Associação Nacional dos Delegados de Polícia Federal (ADPF), Rodrigues disse que os investimentos começaram em 2012 e chegaram em R$ 374 milhões neste ano. O montante não envolve ações de Defesa, que terão orçamento próprio. Para a Olimpíada de 2016, serão mais R$ 500 milhões.

O secretário disse que todos os equipamentos e as experiências adquiridos ficarão como legado da competição. Defendeu ainda a forma como policiais serão destinados para o evento. “Às vezes surge o debate de que a Polícia Federal perde seu foco para cuidar de jogo, sai de suas responsabilidades. A polícia não se afastará um milímetro de suas obrigações legais”, disse Rodrigues.

Foi montada uma estrutura paralela para atuar na Copa, com uma hierarquia própria. A operação Copa tem regras específicas sobre vestuário e postura dos servidores recrutados – assistir a vários jogos e pegar autógrafos está fora de cogitação. Trinta e dois delegados atuarão como chefes de segurança das delegações, o que Rodrigues chamou de “joia da coroa” entre as atividades listadas. A ideia é que os órgãos de segurança atuem de forma integrada, com centros de controle regionais ligados às 12 cidades-sede coordenados pela secretaria.

*O repórter viajou a convite da ADPF.

Autores

Tags:

Encontrou um erro? Avise nossa equipe!