Risco à instrução

Justiça decreta prisão de acusados de matar Amarildo

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4 de outubro de 2013, 21h17

A Justiça do Rio de Janeiro decretou nesta sexta-feira (4/10) a prisão preventiva dos 10 policiais militares acusados de torturar e matar o ajudante de pedreiro Amarildo de Souza. Ele  desapareceu no dia 14 de julho, após ser levado à sede da UPP da Rocinha, na zona sul carioca. A decisão é da 35ª Vara Criminal da Capital, que aceitou a denúncia contra os PMs.

Os acusados vão responder pelos crimes de tortura seguida de morte e ocultação de cadáver. São eles: Edson dos Santos, Luiz Felipe de Medeiros, Jairo da Conceição Ribas, Douglas Roberto Vital Machado, Marlon Campos Reis, Jorge Luiz Gonçalves Coelho, Victor Vinícius Pereira da Silva, Anderson César Soares Maia, Wellington Tavares da Silva e Fábio Brasil da Rocha.

“Em conformidade com o artigo 282 do Código do Processo Penal, a prisão cautelar se faz necessária (282, I) e é a única medida adequada (282, II) não só em razão da gravidade concreta dos delitos imputados, quanto pelas condutas dos acusados no curso das investigações, o que pode, como já fundamentado, atrapalhar o decorrer da instrução criminal”, diz a decisão.

Na noite de terça-feira (1º/10) o Ministério Público do Rio de Janeiro recebeu o inqúerito da Divisão de Homicídios, que indiciou os 10 policiais militares da UPP Rocinha, incluindo o major Edson Santos, ex-comandante da UPP da Rocinha. No inquérito, foram colhidos mais de 50 depoimentos. Três pessoas foram incluídas no programa de proteção à testemunha. Nenhum PM confessou o crime. Com informações da Assessoria de Imprensa do TJ-RJ.

Processo 0271912-17.2013.8.19.0001

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