Estudo qualitativo

Discussões e vingança são maiores causas de homicídios

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2 de outubro de 2013, 19h28

A vingança e as discussões são os principais motivadores de homicídios de autoria conhecida em São Paulo. Em terceiro lugar apareceram causas desconhecidas, seguida de roubos (quando os homicídios ou tentativas de homicídios foram cometidos para assegurar a impunidade de crime de roubo).

Já em relação à quantidade de crimes, a região central foi a que mais somou homicídios nesse período (501 registros). Em seguida, aparece a Zona Leste, com 248 registros. Em terceiro, a Zona Sul, com 247 registros; em quarto, a Zona Norte (204 registros) e, em quinto lugar, a Zona Oeste, com 191 registros. [Veja gráfico abaixo]

O estudo foi feito pelo Ministério Público de São Paulo e teve como base os dados estatísticos de cinco Tribunais do Júri da capital paulista. Os inquéritos com denúncia referem-se aos registros no Sistema de registro e gestão dos atendimentos ao público cível e criminal (SIS MP Integrado) e refletem os dados desde novembro de 2011 até o dia 30 de agosto deste ano.

A pesquisa só foi possível porque o MP-SP criou um projeto que permite estudar as causas dos crimes e traçar estratégias preventivas. Com base em dados estatísticos dos Tribunais do Júri, o estudo apura as motivações dos homicídios; as causas da criminalidade; os locais de incidência dos crimes; o perfil das vítimas e os autores dos crimes de homicídio (simples, privilegiado e qualificado).

De acordo com o Coordenador do Centro de Apoio Operacional Criminal (CAO-Crim), do MP-SP, promotor de Justiça Alexandre Rocha Almeida de Moraes, o projeto pode ser aplicado em todo o país tanto pelo MP, quanto pela Defensoria Pública, Judiciário e polícias.

Ele apresentou a proposta em junho para o grupo de Estratégia Nacional de Justiça e Segurança Pública (ENASP), do Ministério da Justiça. O projeto segue modelo criado por diretriz da Procuradoria-Geral de Justiça de implantação de metas qualitativas, ao invés de metas meramente quantitativas de crimes de homicídio.

A fonte da pesquisa é o registro dos inquéritos com denúncia que constam dos sistemas informatizados ou amostragem física referente aos crimes de homicídio simples, privilegiado e qualificado. A análise, segundo o projeto apresentado pelo MP-SP ao ENASP, será feita por amostragem e cada instituição se incumbirá de um parâmetro específico. Com informações da Assessoria de Imprensa do MP-SP.

 

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