Sem-terras executados

TJ-MG volta a adiar julgamento da chacina de Felisburgo

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14 de maio de 2013, 21h11

O Tribunal de Justiça de Minas Gerais suspendeu nesta terça-feira (14/5) o júri popular da chacina de Felisburgo. O pedido de adiamento foi feito pela defesa do fazendeiro Adriano Chafik Luedy, principal réu do processo, para que fossem ouvidos os depoimentos de 60 testemunhas. Ele e Washington Agostinho da Silva seriam julgados nesta quarta-feira (15/5) no 1º Tribunal de Júri de Belo Horizonte. A nova data ainda não foi divulgada.

Chafik vai a júri pela acusação de comandar ataque ao acampamento Terra Prometida, na Fazenda Nova Alegria, no município de Felisburgo (MG), em 20 de novembro de 2004. Na ocasião, foram assassinados cinco trabalhadores rurais — Iraguiar Ferreira da Silva, de 23 anos, Miguel Jorge dos Santos, de 56, Francisco Nascimento Rocha, de 72, Juvenal Jorge da Silva, de 65, e Joaquim José dos Santos, de 48. Outras 20 pessoas ficaram feridas, inclusive crianças.

Comandados por Adriano Chafik, 17 pistoleiros invadiram o local e atearam fogo em barracos e plantações. As cinco vítimas foram executadas com tiros à queima-roupa. Chafik confessou ter participado do massacre, mas poucos dias depois conseguiu, por meio de Habeas Corpus, responder ao processo em liberdade. Em 2002, as famílias sem-terra já haviam denunciado, à Polícia Civil, as ameaças de fazendeiros. 

Esta é a segunda vez que o julgamento é adiado. O primeiro juri, marcado para 17 de janeiro, foi adiado devido ao juiz da comarca de Jequitinhonha, onde inicialmente ocorreria o julgamento, ter enviado o processo à capital do estado antes que a defesa dos réus indicasse testemunhas a serem ouvidas na ocasião. Com informações da Agência Brasil.

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