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OAB-RJ cria comitê de mobilização pela reforma política

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24 de junho de 2013, 22h33

A OAB-RJ sediou nesta segunda-feira (24/6) um ato público que teve a participação de diversas entidades de classe, partidos políticos, centrais sindicais e representantes de movimentos sociais e do movimento estudantil pela reforma política. A principal decisão do ato, que teve a presença de cerca 600 pessoas, foi a criação de um comitê de mobilização pela reforma política, que será presidido pelo conselheiro federal Wadih Damous e terá sua sede na Seccional. 

"Este é um ato político, que pode se desdobrar em muitos outros atos, em outros lugares e envolvendo mais entidades. Por isso, nós da advocacia criamos hoje um comitê de mobilização pela reforma política, para o qual indico Wadih Damous como coordenador. O comitê começa a trabalhar a partir de amanhã", anunciou o presidente da OAB-RJ, Felipe Santa Cruz.

O financiamento público de campanha, além da transparência no uso dos recursos públicos foram temas debatidos pelos participantes, além da crise de representatividade dos partidos e da promoção de ações para resgatar o compromisso dos governos com a sociedade — pontos que também serão pautas de trabalho do comitê. O grupo será integrado por centrais sindicais, representantes do movimento estudantil, partidos políticos e por representantes da OAB-RJ. A iniciativa da entidade surgiu após as manifestações que tomaram as ruas do país nos últimos dias.

"Esse ato tinha a intenção de mobilizar e ouvir. Vivemos um momento de perplexidade em que todos devem ser ouvidos. Uma pena que algumas pessoas não querem ser ouvidas. Alguns políticos estão escondidos desde semana passada, aconselhados por seus gestores de imagem a não estar nas ruas para não sofrer críticas. Se os políticos fingirem que esse grito de alerta não é com eles, esse sentimento voltará no futuro, com ainda mais força", disse o presidente da OAB/RJ, Felipe Santa Cruz.

Para ele, enquanto alguns setores apostam na fúria das ruas, o momento pede que se aposte na esperança. "Semana passada, nossa preocupação foi com a liberdade de manifestação. Como entidade preocupada com a democracia, achamos que o momento é de esperança. Mas essa esperança só irá se concretizar através do compromisso com a democracia. Agradecemos a presença dos partidos políticos, que são fundamentais inclusive para garantir a voz das ruas", acrescentou. 

A violência da polícia contra manifestantes e de alguns desses contra integrantes de partidos foi lembrada por Felipe como ponto negativo das passeatas. Ele ressaltou, ainda, o trabalho feito por mais de cem advogados para impedir prisões arbitrárias, coordenado pela Comissão de Direitos Humanos e Assistência Judiciária (CDHAJ) da entidade.

Representantes de partidos políticos que participaram do ato conclamaram as organizações à união em torno do debate sobre a reforma política. Segundo a OAB-RJ, todas as legendas foram convidadas. Com informações da Assessoria de Imprensa da OAB-RJ.

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