Um tribunal de Ontário (Canadá) rejeitou um pedido para enviar cópias de dados de 32 servidores do Megaupload, indicando que uma ordem mais específica é necessária. O pedido havia sido feito por agentes dos Estados Unidos. As informações são do portal Terra.
Segundo o professor de Direito Michael Geist, o Megaupload não contestou a apreensão, mas argumentou que "há um enorme volume de informações sobre os servidores e que o envio de cópias de todos esses dados seria excessivamente amplo, especialmente à luz da escassez de provas ligando esses servidores para os crimes alegados pelos promotores americanos", escreveu em seu site.
A empresa acrescentou que o volume de dados sobre os 32 servidores foi equivalente a 100 computadores portáteis e que uma revisão do conteúdo pelo tribunal era apropriado. Em resposta, escreve Geist, o juiz pediu que as duas partes refinem o pedido.
O criador do serviço, Kim Dotcom, foi detido em janeiro em Auckland, na Nova Zelândia, em uma operação internacional contra a pirataria e que forçou o encerramento das atividades do Megaupload.
O serviço deve voltar à ativa sob um novo nome — Mega — no próximo fim de semana. Kim Dotcom, criador do serviço, prometeu que o Mega será lançado na mesma mansão em que ele foi preso em janeiro deste ano, na Nova Zelândia. Em 20 de janeiro, exatamente um ano após a sua detenção, ele abrirá sua casa para a imprensa para colocar no ar o novo serviço.
Segundo Dotcom, o funcionamento da nova ferramenta seria simples: ao fazer o upload de um arquivo, ele será criptografado e será decodificado por meio de uma senha que somente o usuário terá acesso. Assim, fica a cargo de quem subiu o arquivo a decisão sobre o compartilhamento ou não dele com outros internautas. Sem acesso a essa senha, o Mega não teria como assumir a responsabilidade pelo conteúdo armazenado pelos seus usuários.