Páreo duro

Quatro nomes disputam a chefia da PGR

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16 de janeiro de 2013, 19h42

Faltam seis meses para que o mandato de Roberto Gurgel como procurador-geral da República chegue ao fim e, segundo o jornal Valor Econômico, são quatro os principais candidatos que devem disputar a vaga: Deborah Duprat, Raquel Dodge, Rodrigo Janot e Sandra Cureau, todos eles subprocuradores-gerais da República. As candidaturas serão lançadas em abril.

Deborah Duprat, vista como líder da corrida, é vice de Gurgel, mas não compartilha com ele a gestão administrativa da instituição. Ganhou visibilidade em 2009, quando atuou como procuradora-geral interina. Bastou a ela 22 dias para que desengavetasse ações que permitiram união civil entre homossexuais, o aborto de anencéfalos e a Marcha da Maconha.

Raquel Dodge coordena a câmara criminal da PGR. Obteve mestrado pela Universidade de Harvard e atua intensamente contra o trabalho escravo. Foi responsável pela denúncia de 38 pessoas na Operação Caixa de Pandora, que desembocou na prisão do ex-governador do Distrito Federal, José Roberto Arruda. Seus colegas a definem como ambiciosa e trabalhadora.

Rodrigo Janot foi secretário-geral do MPF na gestão de Fonteles, diretor da Escola Superior do MP da União, coordenou as áreas de meio ambiente e consumidor, e presidiu a ANPR e foi secretário de Direito Econômico do Ministério da Justiça. Foi o segundo mais votado na lista de candidatos para a PGR em 2011.

Sandra Cureau é vice-procuradora-geral eleitoral, responsável pela atuação do MP nas eleições. Foi diretora-geral da Escola Superior do MP e coordenou as áreas de meio ambiente e patrimônio cultural, atuando também pela defesa de minorias. Fez representações contra Lula e Dilma por propaganda eleitoral antecipada.

A seleção do procurador-geral da República é feita de forma diferente da dos chefes dos Ministérios Públicos estaduais. Enquanto estes se submetem a votação de uma lista tríplice pelos procuradores, sendo um dos nomes escolhido pelo chefe do Executivo, quem indica o chefe da PGR é o presidente da República ou o Senado. O nome deve ser aprovado em sabatina do Senado.

Apesar disso, a Associação Nacional dos Procuradores da República costuma fazer uma consulta aos associados e entrega a lista dos mais votados à Presidência da República. Mais de mil procuradores participam da votação. 

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