Tempo morto

Para candidato à OAB, morosidade é culpa da Justiça

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16 de janeiro de 2013, 11h51

O atual secretário-geral da Ordem dos Advogados do Brasil, Marcus Vinicius Coêlho, afirma que a morosidade da Justiça não está relacionada ao atual sistema de recursos e de embargos. Segundo ele, estudos demonstram que a morosidade está no "tempo morto" do processo, aquele em que fica na prateleira do juiz. A afirmação do candidato à presidência do Conselho Federal da OAB foi feita em entrevista ao jornal Folha de S.Paulo, publicada nesta quarta-feira (16/1).

“Enquanto o advogado tem prazo para apresentar defesa, suas medidas, para seus recursos, o juiz e o Ministério Público não possuem prazo. Não podemos construir uma celeridade prejudicando o direito de defesa do cidadão”, diz.

Na entrevista, Côelho defende a exigência do Exame da Ordem diante da realidade do ensino no Brasil, que possui mais de 1,2 mil faculdades de Direito. Ele diz que, se eleito, irá propôr que o Ministério da Educação congele as vagas nos cursos de Direito e que é preciso uma verificação dos cursos que podem continuar.

Sobre o envolvimento de seu nome na Operação Porto Seguro, da Polícia Federal — Coêlho foi citado em um telefonema gravado de Paulo Vieira, ex-diretor da Agência Nacional de Águas, em que o interceptado falava da intenção de obter um parecer favorável do deputado Valdemar Costa Neto (PR-SP) —, o candidato à presidente da OAB disse que não prestou qualquer serviço. "Eu defendo que o presidente da OAB seja um advogado militante. Um profissional recebe consultas e visitas de centenas de pessoas. Nesse caso específico, posso assegurar que, se fui procurado, não prestei qualquer serviço."

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