Obras da Copa

Governo do Rio não pode remover índios do Maracanã

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14 de janeiro de 2013, 13h00

A Defensoria Pública do Estado do Rio de Janeiro, por intermédio do Núcleo de Defesa dos Direitos Humanos, obteve neste sábado (12/1) uma decisão que impede a remoção dos indígenas que ocupam o antigo Museu do Índio, imóvel vizinho ao estádio do Maracanã. A demolição faz parte do projeto de adequação da instalação esportiva para a Copa do Mundo de 2014 e Jogos Olímpicos de 2016. As informações são do portal R7.

Segundo a decisão da juíza Adriana Angeli, enquanto não forem cumpridas as exigências da Lei Estadual que trata dos despejos coletivos ou não for obtida decisão judicial, o estado do Rio não poderá remover os índios, sob pena de multa diária.

Neste sábado, representantes do governo do estado estiveram no local, segundo assessoria de imprensa, para atualizar o contato com os indígenas que moram no prédio. O objetivo, de acordo  com o comunicado, era finalizar o cadastro social para que haja a remoção das pessoas durante a semana e, “logo que possível, a demolição do prédio”.

As instalações do museu estão no meio de uma briga entre os índios que moram lá e o governo, que pretende demolir o prédio para as obras do Maracanã, palco da Copa do Mundo de 2014 e das Olimpíadas de 2016.

O imóvel, vizinho ao estádio Jornalista Mário Filho, foi erguido há mais de 150 anos. A  tribo que mora no local luta para preservá-lo. A remoção do antigo Museu do Índio, ainda segundo a nota do governo do Rio, integra o projeto de modernização do complexo do Maracanã, “sendo parte importante na questão da mobilidade”.

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