Processo administrativo

Desembargador de Goiás será julgado pelo TRT

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10 de fevereiro de 2013, 14h39

Está marcado para o dia 26 de fevereiro, no Tribunal Regional do Trabalho de Goiás, o julgamento do Processo Administrativo Disciplinar que apura o envolvimento do desembargador do trabalho Júlio César Cardoso de Brito com o empresário Carlinhos Cachoeira. O desembargador está afastado de suas atividades desde julho do ano passado, quando foi decidida a abertura do processo administrativo.

De acordo com notícia publicada neste domingo (10/2) pelo blog do jornalista Frederico Vasconcelos, da Folha de S.Paulo, o envolvimento entre Cardoso de Brito e Cachoeira foi denunciado Ministério Público do Trabalho e do Sindicato dos Servidores Federais em Goiás. A acusação é de que o desembargador recebeu presentes, como ingressos para shows, pacotes turísticos e um carro em troca de favorecimento de empresas ligadas a Cachoeira em processos trabalhistas.

As suspeitas acerca das relações de Brito com as empresas de Cachoeira surgiram já durante a operação Monte Carlo, deflagrada pela Polícia Federal para apurar a exploração do jogo ilegal em Goiás. Conversas telefônicas gravadas pela PF mostraram Cardoso de Brito conversando com um dos apontados como braço direito de Cachoeira, Gleyb Ferreira da Cruz. Segundo as informações da Folha, eles negociavam os presentes ao desembargador e discutiam a situação de empresas de Cachoeira, como o laboratório Vitaplan, em processos trabalhistas em trâmite no TRT goiano.

Sobre as acusações, segundo o desembargador afirmou conhecer superficialmente Carlinhos Cachoeira e disse manter “convívio social” com Gleyb da Cruz. Negou ter qualquer vínculo, pessoal ou negocial, com os dois.

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