Salva de prata

Aos 70 anos, Aasp recebe homenagens e relembra histórias

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3 de dezembro de 2013, 10h21

No ano em que comemora seu septuagésimo aniversário, a Associação dos Advogados de São Paulo ganhou homenagem da Câmara dos Vereadores do município de São Paulo. Para o evento, que ocorreu na sede da associação, o convite trazia o timbre da Câmara e o nome do vereador Marco Aurélio Cunha como o responsável pela iniciativa. Ele, que como funcionário e conselheiro do São Paulo Futebol Clube conviveu com advogados ilustres na presidência do clube — como Henri Couri Aidar, José Eduardo Mesquita Pimenta e Marcelo Portugal Gouvêa —, presidiu a mesa na sessão solene de entrega de salva de prata no dia 26 de novembro, às 19h. O vereador afirmou que, pela importância da Aasp, a cidade de São Paulo representada pela Câmara deveria comemorar a data com a entidade.

César Viegas
Auditório da AASP [César Viegas]Os primeiros convidados começaram a chegar antes mesmo do horário marcado e foram recepcionados com canapés, patê de azeitona preta e queijo brie com geleia de amora. Na sede da Aasp, no Centro de São Paulo, diretores e funcionários da instituição se misturavam no hall de entrada. Ali, estavam pessoas que colaboram com a instituição desde a sua fundação em 1943, quando a AASP somente informava os advogados sobre as intimações de processos. Hoje, a associação disponibiliza cerca de 50 produtos e serviços aos 92 mil associados. Entre os presentes estava o associado de número seis, Fernando Euler Bueno.

César Viegas
Vereador Marco Aurélio Cunha, Secretário Celso Jatene, Sérgio Rosenthal, desembargador Antonio Carlos Malheiros e Fernando Euler Bueno [César Viegas]Quando o vereador Cunha chegou, minutos antes das 19h, os diretores já tinham subido para conversar na sala de reunião do 7° andar. Lá, estavam o presidente da associação Sérgio Rosenthal; o ex-presidente Mário Sérgio Duarte Garcia; o presidente do Instituto dos Advogados de São Paulo, José Horácio Halfeld Rezende Ribeiro; o 2° secretário da AASP, Alberto Gosson Jorge Junior; o 1º secretário e ex-presidente Arystóbulo de Oliveira Freitas; o presidente do Movimento de Defesa da Advocacia, Marcelo Knopfelmacher; ex-ministro do TSE e advogado Roberto Rosas; os conselheiros Renato Cury, Paulo Rômulo, Roberto Paraíba e Dina Cardoso; e o diretor cultural da AASP Luís Carlos Moro. [Na foto ao lado, da esquerda para a direita: o vereador Marco Aurélio Cunha, o secretário municipal Celso Jatene, o presidente da Aasp Sérgio Rosenthal, o desembargador Antônio Carlos Malheiros e o advogado Fernando Euler Bueno, fundador vivo mais antigo da Aasp, com 98 anos.]

O clima era de comemoração. Sérgio Rosenthal caracterizou a associação como uma grande prestadora de serviços para os advogados e “indispensável” para os profissionais que militam diariamente. A Aasp oferece desde galpões para que o advogado possa armazenar seus processos até ajuda integral nos trabalhos com o processo eletrônico. Nesse último, o associado conta com uma central de apoio por meio da qual consegue digitalizar o documento, acessar as informações disponibilizadas no site da associação e até ser informado por telefone por meio do SOS processo digital da Aasp.

Ainda na sala de reunião, o 1º Secretário Arystóbulo de Oliveira Freitas disse que a entidade está marcando presença no dia a dia do advogado. Segundo ele, há uma dificuldade de advogar no interior do estado porque o profissional que briga com o juiz sofre retaliação. Por isso, precisa ter alguma instituição, além da Ordem dos Advogados, que cuida das prerrogativas, que possa dar suporte para esses profissionais. O secretário afirmou que é comum juízes perguntarem o nome do advogado que fez a reclamação e a resposta da Aasp é que o advogado é um associado e merece proteção. “O advogado apresenta uma reclamação e nós vamos lá representá-lo”.

No elevador, indo para o auditório onde aconteceu a cerimônia, Marco Aurélio Cunha lembrava os tempos de colégio junto com Alberto Gosson Jorge Junior e Luiz Carlos Moro. O vereador e o diretor da Aasp estudaram juntos desde a 1ª série no Colégio Dante Alighieri e eram, nas palavras de Cunha, “precoces”.

O vereador — irmão do advogado trabalhista Sólon de Almeida Cunha, sócio do escritório Machado Meyer Advogados — com a sala de eventos lotada, citou a necessidade de mistura entre os setores e somou essa falta de coesão à baixa aprovação de “certas leis inteligentes”.

Dividiram a mesa com o vereador Sérgio Rosenthal, Arystóbulo Freitas, José Horácio, Roberto Rosas, o desembargador Antonio Carlos Malheiros e o secretário de Esportes, Lazer e Recreação do município, Celso Jatene.

Durante a cerimônia, o desembargador Antonio Carlos Malheiros disse que passou na Aasp os melhores anos de sua vida. “Quantas noites passei acompanhando todas as aulas no pequeno departamento cultural da associação…”, relembrou. A história de Malheiros com a associação começou com seu pai, que foi vice-presidente da entidade. Malheiros, ex-diretor da associação, atribuiu os seus feitos como magistrado aos anos de convívio com os advogados.

Depois da entrega da salva de prata ao presidente da Aasp, os homenageados — dentre eles os funcionários mais antigos da casa, como Ana Luisa Távora e Samuel Ansarah Dizek — receberam diplomas. Aplaudido de pé, o fundador vivo mais antigo da Aasp, Fernando Euler Bueno, também recebeu o diploma e lembrou o tempo em que um grupo de advogados assinou a carta de compromisso com a entidade, que tinha uma visão adiantada das necessidades do advogados. Afirmou que não poderia imaginar que estaria representando a classe depois de 70 anos de quando tudo começou. 

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