Liberdade de imprensa

Ministro Ayres Britto defende autorregulação da mídia

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11 de abril de 2013, 17h44

O ministro aposentado do Supremo Tribunal Federal Carlos Ayres Britto defendeu nesta segunda-feira (8/4), em Porto Alegre (RS), a autorregulação da imprensa, em vez de a criação de controles externos para monitorar o trabalho da mídia. "A imprensa, gozando da plenitude de liberdade — não há censura prévia, mas há responsabilização no plano das consequências —, (…) se autocritica. É a encarnação de um quarto poder", disse Britto, segundo noticiado pelo portal Terra.

A fala do ministro ocorreu ao receber o prêmio Liberdade de Imprensa, concedido pelo Instituto de Estudos Empresariais, durante o 26º Fórum da Liberdade. "A Constituição fez uma opção clara e consagrou a liberdade de imprensa. O que não significa que a imprensa não vai fazer o que o Judiciário tem feito em sua independência, se dotando de um órgão interno a ele, como o CNJ (Conselho Nacional de Justiça). A imprensa caminha naturalmente para ter uma espécie de CNJ", afirmou.

No mesmo evento, o empresário João Roberto Marinho, presidente do conselho editorial das Organizações Globo, recebeu o prêmio Libertas — Empresário de Comunicação. Ele disse que há grupos tentando "desestabilizar" os meios de comunicação. "Se a lei e o Congresso estão do nosso lado, há minorias que tem tentado nos desestabilizar, seja no excesso das ruas, como no discurso de trazer uma regulação da mídia. Esse discurso tem por trás uma tentativa de enfraquecimento dos grupos empresariais de mídia, e ao enfraquecer, tirar a independência que nós temos", disse.

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