AP 470

Acusado de integrar mensalão pode ser perdoado

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9 de abril de 2013, 14h21

A Procuradoria-Geral da República pediu à Justiça perdão para Lúcio Bolonha Funaro, dono da empresa Guaranhuns, apontada como intermediária de transferências do mensalão para o deputado Valdemar Costa Neto (PR-SP). As informações são do jornal Folha de S.Paulo.

Segundo o Ministério Público, Funaro colaborou com as investigações e assinou um acordo de delação premiada em 2005. O acordo de delação rendeu a Funaro a exclusão de seu nome da lista de denunciados do mensalão no processo julgado pelo Supremo Tribunal Federal.

Porém, como só a Justiça pode perdoar um acusado, a Procuradoria-Geral da República enviou as acusações contra ele à primeira instância da Justiça. Se o Judiciário confirmar o perdão, Funaro fica livre de condenações nesse caso. A procuradoria considera que Funaro merece o perdão judicial por ter dado uma contribuição efetiva para o desfecho do caso.

De acordo com reportagem da Folha de S.Paulo, três procuradores que tiveram acesso às investigações afirmaram que Funaro ajudou a desvendar detalhes do caso e forneceu documentos que demorariam para chegar às autoridades.

Nos depoimentos ao MP, Funaro admitiu que tinha colocado um "laranja" na Garanhuns e feito repasses de dinheiro a Costa Neto. Mesmo sem ser denunciado na Ação Penal 470, o nome de Funaro foi repetido dezenas de vezes pelos ministros. Em uma delas, o ministro Ricardo Lewandowski disse que a Garanhuns era uma verdadeira lavanderia de dinheiro. 

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