Humor político

Justiça egípcia não vai suspender programa de sátiras

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7 de abril de 2013, 13h13

Um tribunal egípcio rejeitou neste sábado (6/4) uma ação judicial que pedia o banimento da TV de um popular humorista acusado de insultar o presidente e a religião muçulmana, mas ele ainda é alvo de uma investigação criminal por denúncias semelhantes. As informações são do portal Terra.

Críticos do governo consideram os processos contra o humorista Bassem Youssef — que citou como seu modelo o comediante Jon Stewart, do The Daily Show, nos EUA — como parte de uma repressão aos dissidentes. O governo do presidente Mohamed Mursi e seus aliados da organização Irmandade Muçulmana negam ter essa intenção.

Uma corte do Cairo rejeitou a petição de Mahmoud Abu el-Aineen, um advogado islamista que pedia a proibição do programa de Youssef e o fechamento do canal independente de TV CBC.

Youssef se tornou famoso com um programa satírico online após o levante popular que levou à derrubada do presidente anterior, Hosni Mubarak, em 2011. Ele foi libertado sob fiança no domingo, após o procurador-geral ter ordenado sua prisão.

O procurador acusa Youssef de insultar o Islã e minar o poder de Mursi.

A ação encaminhada pelo advogado El-Aineen, que trabalha para a Irmandade Muçulmana, mas apresentou a queixa por conta própria, não está relacionado com a ação movida pela Procuradoria-Geral.

Na terça-feira (2/4), autoridades do Egito ameaçaram cancelar a licença da CBC porque o programa de Youssef viola as normas que regem os meios de comunicação no Cairo, onde a emissora tem sua sede, informou a mídia estatal.

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