Compromisso eleitoral

PF promete ao TSE que não fará greve nas eleições

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4 de setembro de 2012, 11h12

Uma comissão da Federação Nacional dos Policiais Federais (Fenapef) se reuniu, na tarde de segunda-feira (3/9), com a presidente do Tribunal Superior Eleitoral, Carmem Lúcia, para firmar um sério compromisso em favor das eleições no país. Os representantes da Fenapef garantiram à ministra que sequer consideram a hipótese de comprometer as futuras eleições como retaliação ou ameaça em relação a quaisquer pleitos da presente greve. A federação já havia encaminhado no mês de junho um ofício ao TSE nos mesmos termos.

Participaram do encontro o  vice-presidente do Sindicato dos Policiais Federais em Minas Gerais (Sinpef-MG) Luis Antônio de Araújo Boudens; o presidente do Sindicato dos Servidores da Polícia Federal de São Paulo (Sindpolf/SP) Alexandre Sally; o ex-presidente nacional da OAB, Cézar Britto, e o secretário político da Fenapef Alair Vartan.

Na reunião, os policiais explicaram que o movimento paredista busca a valorização dos servidores e a correção de uma distorção interna na PF por meio da via democrática. Os representantes da categoria se desculparam pela constrangedora manifestação do presidente da Associação Nacional dos Delegados Federais(ADPF) Marcos Leôncio Ribeiro, que ameaçou paralisações no dia da votações municipais.

Segundo o vice-presidente do Sinpef-MG, "seria lamentável abrir mão do processo democrático de negociação em função de ameaças envolvendo o principal instrumento da democracia, que envolve o exercício da cidadania por todo o povo brasileiro. Sempre fomos elogiados pelo Poder Judiciário por nosso trabalho de combate aos crimes eleitorais e não será diferente nas eleições municipais que se aproximam".

A comissão da Fenapef aproveitou o encontro para também se desculpar, em nome dos policiais federais, em relação a outra lamentável manifestação do presidente da ADPF, que  insinuou que os ministros do Supremo não entendem muito de segurança pública e não saberiam "a diferença entre um BO e um TCO", em audiência feita na Câmara dos Deputados, em setembro de 2011.

Na avaliação do presidente do Sindicato dos Servidores da Polícia Federal de São Paulo (Sindpolf-SP), "a imaturidade do representante da associação demonstra um dos pleitos do movimento grevista, que busca substituir a atual intransigência na gestão de recursos humanos da PF, por uma política de respeito e valorização de todos os servidores, sem exceção".

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