Boca de urna

Quatro vereadores são presos no Rio por crimes eleitorais

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28 de outubro de 2012, 18h30

O presidente do Tribunal Regional Eleitoral do Rio de Janeiro, desembargador Luiz Zveiter, informou que, ao todo, 158 pessoas foram presas neste segundo turno no estado, sendo quatro vereadores. Ele lamentou a participação dos parlamentares em crimes eleitorais.

“É uma demonstração de que essas pessoas representam muito mal suas comunidades. Agindo contrários à lei, imagina o que não fizeram em seus mandatos”, disse o presidente do tribunal. “Ainda assim, o número [de prisões em geral] ficou abaixo da previsão”, completou.

O maior número de prisões ocorreu em São Gonçalo, com 60 pessoas detidas, entre elas, os vereadores Aldecyr Maldonado (PMDB), por boca de urna, e Marcelo Amendoim (PDT), por transporte ilegal de eleitores.

Em Duque de Caxias, o número chegou a 50 e inclui a vereadora Margarete da Conceição de Souza (PSD) que foi presa em flagrante transportando eleitores e portando R$ 1.500. Margarete foi reeleita e responde a processo no Tribunal de Júri do TJ por homicídio.

Outra vereadora presa por crime eleitoral foi Cristiane Guedes (PPS) em Belford Roxo. Ela fazia boca de urna.

Em Niterói, 32 pessoas foram presas, em Nova Iguaçu, oito e em Petrópolis, três. Volta Redonda foi o único dos sete municípios com segundo turno que não apresentou nenhuma ocorrência de crime eleitoral.

O presidente do TRE-RJ disse ainda que a central disque denúncia recebeu 40 ligações sobre crimes eleitorais.

A pena para o crime de boca de urna varia de seis meses a um ano de prisão, além de multa de cerca de R$ 30 mil. A pena para quem for condenado por crime de transporte ilegal de eleitores varia de quatro a seis anos de reclusão.

No total, 38 urnas precisaram ser trocas em todo estado: sete em Belford Roxo, 13 em Duque de Caxias, nove em São Gonçalo, duas em Volta Redonda, duas em Niterói, duas em Volta Redonda e três equipamentos trocados em Petrópolis. Com informações da Agência Brasil.

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