Política de Ordem

Rosana Chiavassa funde chapa com Toron para OAB-SP

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26 de outubro de 2012, 18h23

Spacca
A quatro dias do prazo final para inscrição de chapas para concorrer à presidência da Ordem dos Advogados do Brasil de São Paulo, Rosana Chiavassa e Alberto Zacharias Toron fundiram chapas — a cabeça continua com o criminalista e a vice-presidência ficará com Rosana. Segundo a advogada, a união é "para suprir o desejo da advocacia que, há nove anos, vota na oposição, mas não ganha porque a oposição se divide". Rosana diz que, pelas pesquisas que as chapas têm feito, a divisão das candidaturas dão vantagem para a situação, cujo candidato é o atual presidente em exercício da OAB-SP, Marcos da Costa. A fusão, diz ela, foi em total compartilhamento de cargos e ideias. O acordo foi selado nesta sexta-feira (26/10).

Climão na oposição
O clima entre os candidatos de oposição, que até então era ameno, esquentou. Ricardo Sayeg tem divulgado e-mails sobre a adesão à sua campanha pela advogada trabalhista Sônia Mascaro, que no início das eleições se apresentou como pré-candidata à presidência e, depois, como integrante da chapa de Toron. Na chapa de Sayeg, Sônia ocupará a vice-presidência da Caixa de Assistência aos Advogados de São Paulo. Os e-mails trazem a acusação de Toron ter “posição em favor da descriminalização das drogas e uso recreativo dos entorpecentes”.

Puro-sangue
Sônia diz que ocuparia a vice-presidência na chapa de Toron, mas o fato é contestado. Em e-mail trocado entre ambos ao qual a revista Consultor Jurídico teve acesso, Toron diz que só se formasse uma chapa “puro-sangue”, sem aliança com outras pessoas da oposição, Sônia seria sua vice, mas que era preciso batalhar para fazer alianças, o que não estaria sendo feito pela trabalhista, criticada pelo criminalista. Depois da saída de Sônia do grupo, Toron disse que ela é "inexpressiva".

Usuários e traficantes
A polêmica sobre o assunto surgiu no último encontro dos candidatos, na Fiesp, quando perguntaram aos candidatos a postura deles sobre o que achavam sobre a Lei de Drogas. Toron disse que não se pode tratar todos os usuários como traficantes nem como doentes, pois existem usuários sadios, que integram a sociedade normalmente.

Volta ao foco
A briga sobre entorpecentes ganhou espaço até mesmo na Folha de S.Paulo e sua repercussão levou o criminalista Ademar Gomes, presidente do Conselho da Associação dos Advogados Criminalistas do Estado de São Paulo, a escrever um artigo dizendo espantar-se com o fato de o assunto ter surgido às vésperas das eleições. “Debater questões nacionais é, sim, também, papel da OAB. Mas o momento é de se recolocar nos trilhos nossa combalida entidade, para que possa em um futuro breve voltar a lutar em defesa de nossas prerrogativas. Debater a descriminalização de drogas, ou outras manchetes nacionais, nesse momento pré-eleitoral, é diletantismo de candidato”, reclama.

Situação posicionada
A ausência de Marcos da Costa no evento da Fiesp traz dois significados: não está confortável para enfrentar seus opositores e está confortável onde está.

Bahia 40º
A disputa pela seccional baiana da OAB tem esquentado. De um lado, a chapa "Ação e Ética", de Saul Quadros — já por duas vezes sucessivas presidente — luta para se manter, com a candidatura de seu atual vice-presidente, Antonio Menezes. Na outra ponta, advogados como Fredie Didier Jr. e Fernando Santana, apoiam a candidatura à presidência de Luiz Viana Queiroz, atual conselheiro federal da OAB, com a chapa "Mais OAB". Também é candidato o conselheiro seccional Maurício Góes, liderando a chapa "Dignidade e Juventude". As três candidaturas surgiram de um mesmo núcleo político, que se dissolveu.

Rio acima
Os candidatos à presidência da OAB fluminense estão com a agenda cheia. Os três conseguiram conceder entrevista à ConJur — que serão publicadas semanalmente —, mas foi difícil arranjar tempo para as conversas. Volta Redonda, Barra Mansa, Resende, Magé, Piabetá, Teresópolis e Inhomirim já viram, pelo menos, o candidato da situação, Felipe Santa Cruz. Carmen Fontanelle e Luciano Viveiros também têm gastado a sola do sapato buscando apoio nas subseções.

Apresentações feitas
A chapa “OAB Sempre Forte e Atuante”, que disputa a OAB de Rondônia apresentou seus nomes no último dia 19. Na cabeça da chapa — apontada como da situação — está o advogado Ivan Machiavelli. Outro grupo que disputa a seccional se apresentou no dia 25, com o nome “Um Novo Tempo”, liderada pelo advogado Andrey Cavalcante.

Apoios em Minas
Os dois últimos ex-presidente da OAB de Minas Gerais, Raimundo Candido Junior (que ocupou a cadeira de 1993 a 1997 e de 2004 a 2009) e Marcelo Leonardo (que esteve no cargo de 1998 a 2003) estão apoiando a chapa da situação, chamada “Advogado Valorizado”, encabeçada por Luís Cláudio, atual presidente. A oposição, encabeçada por Luiz Fernando Valladão, conseguiu para a chapa “OAB Atuante”, já apresentou seu vice-presidente: o advogado Gustavo Velasco, professor da Universidade Federal de Uberlândia.

Oposição unida
Em Mato Grosso, advogada Luciana Serafim aderiu à candidatura de José Moreno. Ela aderiu ao grupo “A OAB é Muito Mais”, de oposição à atual gestão. A chapa diz seguir os pilares renovação, transparência e valorização da classe. Luciana assumirá a presidência da Caixa de Assistência dos Advogados.

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