Atentado à democracia

Para OAB-RJ greve de juiz é inconstitucional

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10 de outubro de 2012, 14h39

O presidente da Ordem dos Advogados do Brasil do Rio de Janeiro, Wadih Damous, criticou a decisão dos juízes federais de promover uma paralisação de dois dias em novembro, o que acarretará no cancelamento das audiências já marcadas para essas datas. “Não e aceitável uma greve de magistrados sob qualquer ponto de vista. Juridicamente, é inconstitucional e politicamente um atentado à democracia”, afirmou Damous.

Entendemos, disse o presidente da OAB, que a magistratura deve ser bem remunerada, mas o caminho da greve não é o mais adequado porque só traz prejuízos à cidadania. “Esperamos que os juízes conquistem as suas reivindicações salariais, mas trilhando outros caminhos que não o da paralisação”, afirmou.

Juízes e desembargadores da Justiça Federal realizaram uma assembleia-geral extraordinária, na primeira semana de outubro, e decidiram fazer uma paralisação por tempo determinado, entre 21 e 22 de novembro, cancelando a tomada de depoimentos e suspendendo as audiências já marcadas. Alguns magistrados chegaram a propor que a greve fosse por tempo indeterminado.

Segundo eles, o objetivo é chamar a atenção para a situação salarial da magistratura, exigir "tratamento mais adequado" da parte dos poderes públicos e pressionar a presidente Dilma Rousseff a atender às demandas da categoria.

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