Porto Seguro

Dilma demite braço direito de AGU após operação da PF

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24 de novembro de 2012, 15h15

A presidente Dilma Rousseff decidiu, neste sábado (24/11), demitir ou afastar todos os servidores envolvidos na Operação Porto Seguro, entre eles José Weber Holanda, braço direito do ministro Luís Inácio Adams na AGU, e a chefe de gabinete da Presidência em São Paulo, Rosemary Novoa de Noronha. Em nota, a Presidência da República anunciou que "todos os servidores indiciados na Operação Porto Seguro da Polícia Federal serão afastados ou exonerados de suas funções". As informações são do jornal Folha de S.Paulo.

Segundo a PF, Holanda e Rosemary Noronha são suspeitos de envolvimento numa organização criminosa infiltrada no governo para obtenção de pareceres técnicos fraudulentos. Na sexta-feira (23/11), o gabinete da AGU foi alvo de apreensão de documentos por parte da PF. 

De acordo com a PF, Rosemary é suspeita de corrupção, tráfico de influência e falsidade ideológica. Na sexta-feira, a PF apreendeu documentos e copiou arquivos eletrônicos do escritório da Presidência em São Paulo, onde ela trabalha. A servidora teria exigido vantagens financeiras em troca de ajudar o esquema dentro do governo.

Os pedidos eram feitos a empresários pelos dois irmãos envolvidos no esquema, Paulo e Rubens Vieira, indicados por ela para cargos no governo. O primeiro é diretor da Agência Nacional de águas e o segundo da Anac Agência Nacional de Aviação Civil. Os dois também serão afastados.

O esquema foi informado à PF por um ex-funcionário do TCU, que alegou ter sido procurado por um advogado para emitir pareceres técnicos favoráveis a uma empresa em troca de R$ 300 mil. Após receber R$ 100 mil, o delator teria se arrependido e prestou depoimento à PF em São Paulo, em março de 2011, quando começaram as apurações.

Leia abaixo a íntegra da nota divulgada pela Secretaria de Comunicação Social da Presidência:

"Por determinação da Presidência da República, todos os servidores indiciados na Operação Porto Seguro da Polícia Federal serão afastados ou exonerados de suas funções. Todos os órgãos citados no inquérito deverão abrir processo de sindicância.

No que se refere aos diretores das Agências, foi determinado o afastamento, com abertura do processo disciplinar respectivo.

Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República."

 

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