Fato excluídos

Pedidos de remoção de conteúdo do Google cresce em 450%

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15 de novembro de 2012, 17h58

Relatório divulgado pelo Google nesta terça-feira (13/11) revela que o número de conteúdos cuja remoção das plataformas da empresa foi ordenada pela Justiça brasileira cresceu quase 450%. Os dados comparam o primeiro semestre deste ano com o último período de 2011. Dessa forma, o país fica em terceiro lugar na lista de nações que mais registram ações para remoção de conteúdos de serviços do Google, segundo o Transparency Report. A reportagem foi publicada no site da revista Veja.

Entre janeiro e junho deste ano, a Justiça ordenou a remoção de 2.220 conteúdos presentes em serviços como Orkut e YouTube. Entre julho e dezembro de 2011, foram 397, e, no primeiro semestre daquele ano, 445. Dos 2.220 itens, 70% foram de fato excluídos. Segundo a companhia, os números não incluem casos ligados a pedofilia.

Em primeiro lugar da lista aparecem os Estados Unidos, onde 3.613 conteúdos foram alvo de ações judiciais, somente uma delas ordenou a retirada de 1.700. Logo atrás, vem a Grã-Bretanha, com 2.989.

No Brasil, segundo o Google, a maior parte das ordens de remoção trata de conteúdos publicados por usuários em redes sociais. "Recebemos um mandado para remover 860 perfis do Orkut por falsificação de identidade. Removemos 834 dos perfis, que se enquadravam no âmbito da ordem", descreve o relatório da companhia.

O Brasil também está na terceira colocação na lista de solicitação de informações de usuários pela Justiça. No primeiro semestre deste ano, a empresa registrou 1.566 pedidos, relativos a 2.640 contas, queda de 4% em relação ao segundo semestre de 2011, com 1.615 solicitações. Os Estados Unidos seguem na liderança, seguidos pela Índia.

Criada em setembro de 2010, o Transparency Report reúne informações sobre países onde os produtos do Google são bloqueados, além de fornecer a lista dos governos que exigem remoção de conteúdo de sites da empresa.

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